As ações da Yduqs (YDUQ3) registraram forte desvalorização nesta terça-feira (13) após a divulgação de resultados fracos no primeiro trimestre de 2025 (1T25). A ação da empresa de educação caiu 8,48%, cotada a R$ 14,57.
Os números vieram 19% abaixo do estimado pelo Bradesco BBI na linha de lucro líquido ajustado, devido ao lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) 4% abaixo da projeções e despesas financeiras líquidas 7% acima.
A orientação de lucro por ação (LPA) para 2025 foi revisada para baixo para R$ 1,7 a 2,0, 4% acima do esperado pelo BBI, considerando o ponto médio da faixa. Para 2026, a Yduqs espera que o LPA cresça 46%, para R$ 2,2 a 3,2, cerca de 19% acima do estimado pelo BBI.
A empresa também anunciou uma orientação de fluxo de caixa livre (FCFE) para 2025 de R$ 500 a 600 milhões (13% do valor de mercado), com base na geração de caixa e não na dívida líquida. Espera-se que o FCFE este ano seja impulsionado em cerca de R$ 150 milhões em relação à arrecadação de 100% do financiamento estudantil com o PraValer (principalmente de medicina), que é recorrente, mas também deve incluir amortizações de anos anteriores.
O BBI vê a projeção como positiva e provavelmente acima dos R$ 420 milhões esperados pelo banco após o ajuste da orientação para juros de dívida de competência e amortização de financiamento da PraValer de anos anteriores.
O BBI manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18.
A XP vê os resultados como mistos no 1T25, apresentando números ligeiramente negativos, mas com FCFE positivo, apoiado por uma mudança estratégica na base de financiamento estudantil.
O BTG classificou os resultados como mistos no 1T25, afetados por provisão adicional de R$ 27 milhões para alunos evadidos. O segmento premium foi o destaque, na avaliação do BTG, com receita subindo 14% na base anual e EBITDA avançando 20% ano a ano. Já o segmento digital (-13% a/a) e presencial (+5% a/a) mostraram desempenho mais fraco, pressionando margens.
Enquanto isso, a geração de fluxo de caixa para o acionista foi forte (R$ 346 milhões), permitindo queda na dívida líquida para R$ 2,88 bilhões (DL/EBITDA de 1,59 vez), mesmo após recompra de ações.
Apesar do cenário desafiador, o BTG reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 15, ancorada na geração de caixa e no foco no segmento premium.
Já Morgan Stanley avalia que os resultados fracos foram impactados por dificuldades na captação, apesar do forte desempenho do segmento Premium.
A partir do primeiro trimestre de 2025, a YDUQS passou a antecipar a cobrança de recebíveis de novos alunos com financiamento privado, por meio de instituições financeiras. Os contratos antigos permanecem inalterados — apenas os novos seguem esse modelo. Na opinião do Morgan, essa mudança tende a gerar fluxos de caixa futuros estruturalmente mais saudáveis, ao alinhar os pagamentos ao período de formatura dos alunos, diferentemente da tradicional venda pontual de recebíveis.
O Morgan Stanley manteve classificação neutra e preço-alvo de R$ 16.
The post Yduqs (YDUQ) desaba 8,5% após reportar números fracos no 1T25: por que decepcionou? appeared first on InfoMoney.
Fonte: InfoMoney