As ações da XP Inc. negociadas na Nasdaq registram ganhos nesta quarta-feira (21) após os resultados do primeiro trimestre de 2025 (1T25) e programa de recompra divulgados na noite da véspera. Às 11h40 (horário de Brasília), os ativos subiam 1,54%, a US$ 18,84, após chegarem a subir cerca de 5% no início da sessão.
A XP encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido ajustado de R$ 1,24 bilhão, alta de 20% em relação ao mesmo período do ano passado. A companhia ainda anunciou um novo programa de recompra de ações de R$ 1 bilhão.
A receita bruta somou R$ 4,56 bilhões, acréscimo de 7% ano a ano, com o varejo mostrando avanço de 10%, para R$ 3,4 bilhões. O segmento institucional teve queda de 3% e o de grandes empresas e mercados de capitais mostrou alta de 11%. Na base trimestral, a receita caiu 4%, com declínio de 4% no varejo e de 6% em grandes empresas e mercados de capitais, enquanto institucional registrou elevação de 4%.

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Na apresentação dos resultados do primeiro trimestre do ano, Victor Mansur afirmou que pela primeira vez a receita com renda fixa superou a de renda variável na empresa
No varejo, o resultado foi ajudado novamente pela receita da renda fixa, que saltou 44% ano a ano, para R$ 1,02 bilhão – pela primeira vez em um montante acima da receita no segmento de renda variável, que encolheu 15%, para R$ 959 milhões.
O Bradesco BBI apontou que os resultados foram amplamente em linha, embora impactada pelo mix de receitas com mais renda fixa e menos ações.
“Isso não altera nossa visão mais construtiva sobre o negócio, em que vemos uma assimetria significativa nos lucros em um ambiente macroeconômico melhor”, destaca o BBI, que possui recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de US$ 20 por ativo.
Para o UBS BB, os resultados da XP no 1T25 mostram que a empresa está a caminho de atingir a expectativa para o ano de 2025 (R$ 5,0 bilhões) – o 1T25 atingiu 25% das expectativas para 2025. O banco tem recomendação de compra e target de US$ 17 por ativo.
O BTG Pactual ressalta que, no geral, embora o 1T tenha vindo majoritariamente em linha, gostou bastante da geração de capital e do “soft guidance” da XP, sugerindo que o índice de distribuição (dividendos + recompras) pode permanecer similar ao do ano passado — em torno de 75%.
Ao fazer uma primeira atualização nas estimativas pós-1T, os analistas do banco apontam que a combinação de projeções levemente melhores, uma taxa de payout maior e um câmbio mais favorável os leva a elevar o preço-alvo para o final de 2025 de US$ 17 para US$ 22.
Agora o banco projeta um lucro líquido de R$ 5,1 bilhões em 2025 (+12% anualmente; 2% acima do consenso), com um dividend yield (dividendo sobre o preço da ação) de cerca de 7% assumindo payout (dividendo em relação ao lucro) de 75%. Para 2026, projeta um lucro líquido de R$ 5,8 bilhões (também 2% acima do consenso), o que pode se mostrar conservador caso os ativos de risco mantenham sua trajetória de recuperação, aponta o BTG.
Apesar da alta de 44% no ano (em termos de reais), a ação ainda negocia abaixo de 10 vezes o múltiplo de preço sobre lucro (P/L) esperado para 2026, o que acredita continuar atrativo, dada a combinação de risco de alta nos lucros, potencial de expansão de múltiplos e um maior índice de distribuição.
(com Reuters)
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Fonte: InfoMoney