Um voo da Lufthansa em fevereiro ficou cerca de 10 minutos sem nenhum piloto na cabine.
Isso aconteceu porque o primeiro oficial sofreu uma “incapacitação súbita”, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira, 15.
O voo, que partiu de Frankfurt, na Alemanha, com destino a Sevilha, na Espanha, transportava mais de 200 passageiros.
Tudo transcorreu normalmente até a etapa final da viagem, quando o capitão saiu da cabine para usar o banheiro. Naquele momento, o primeiro oficial parecia estar em boas condições.
Ao tentar retornar cerca de oito minutos depois, o capitão não conseguiu abrir a porta da cabine. O primeiro oficial informou aos investigadores que perdeu a consciência repentinamente.
O capitão tentou inserir o código de acesso da porta diversas vezes, enquanto uma aeromoça tentava falar com o primeiro oficial pelo interfone.
O capitão acionou o código de emergência para abrir a porta, e antes do timer expirar, o primeiro oficial recuperou a consciência e liberou o acesso.
O primeiro oficial, de 38 anos, apresentava sinais visíveis de mal-estar, como palidez e suor.
Após atendimento dos comissários e de um médico passageiro, o capitão decidiu desviar o voo para o aeroporto mais próximo, em Madri.
O exame médico revelou que o primeiro oficial sofreu uma convulsão decorrente de uma condição neurológica difícil de detectar em exames de rotina.
Recomendações para a aviação europeia
O relatório dos investigadores espanhóis recomendou que a Agência Europeia para a Segurança da Aviação informe todas as companhias aéreas sobre o caso, para que seja reavaliado o risco de deixar apenas um piloto na cabine durante o voo.
Fonte: Exame