A brasileira Vicky Safra, primeira mulher a liderar a lista anual de bilionários brasileiros da revista Forbes, passou a ser alvo de uma campanha de torcedores do Corinthians para comprar uma eventual SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do clube.
Nas redes sociais, a torcida criou até uma hashtag para impulsionar o movimento, definido como um “pedido de socorro”. Atualmente, a equipe paulista enfrenta uma crise política intensa devido ao afastamento de Augusto Melo da presidência do clube.
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A fiel torcida já manifesta, há algum tempo, o desejo de ter Vicky como investidora no movimento que transformaria o clube em uma SAF, em oposição ao modelo associativo vigente atualmente. No entanto, não há confirmação de que a bilionária seja corinthiana, como muitos torcedores costumam afirmar.
Nas redes sociais, a torcida também invadiu o perfil oficial do Banco Safra do Brasil, gerido por um dos filhos de Vicky, David Safra. “Ajude meu Corinthians, pelo amor de Deus”, escreveu um torcedor em mensagem ao banco. Outro comentou: “Vocês têm a visão, a estrutura e a força do Banco Safra para transformar histórias, e a fiel acredita que podem transformar a nossa”.
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Fortuna
O marido de Vicky, Joseph Safra, foi o banqueiro mais rico do mundo até sua morte, em 2020. Vicky, de 72 anos, é chefe de um clã cuja fortuna, que remonta aos tempos do antigo Império Otomano, no século XIX, é estimada em US$ 20,7 bilhões (cerca de R$ 114 bilhões na cotação atual).
Entre os bens da família estão o banco J. Safra Sarasin, na Suíça, e o Banco Safra, no Brasil, dois bancos que somam cerca de US$ 90 bilhões em ativos totais. Imóveis como o arranha-céu Gherkin, em Londres, e o número 660 Madison Avenue, em Nova York, também fazem parte do patrimônio dos Safra.
A fortuna bancária da família tem suas raízes em Aleppo, na Síria, onde foi fundada a Safra Frères & Cie na década de 1840. A região era estratégica para banqueiros, pois ali, no noroeste da Síria, convergiam mercadores do Oriente e do Ocidente.
Assim, a casa bancária financiava as caravanas de camelos que cuidavam do comércio ao longo do extenso território do antigo Império Otomano, que, em seu auge, abrangia desde a África e a Península Arábica até os Bálcãs e a atual Turquia.
Vicky está à frente da Vicky and Joseph Safra Philanthropic Foundation, uma instituição dedicada a causas religiosas, sociais, culturais e educacionais em diversos países, conforme informou a revista Forbes. Seu filho mais velho, Jacob Safra, administra os bancos J. Safra Sarasin, na Suíça, e o Safra National Bank, nos Estados Unidos, além de coordenar os investimentos imobiliários internacionais da família.
David Safra, outro filho de Vicky, lidera o Banco Safra no Brasil e também é responsável pelos empreendimentos imobiliários do Grupo J. Safra no país. Já Alberto Safra, o filho caçula, está afastado das atividades do grupo após uma disputa judicial envolvendo a herança de seu pai, em conflito com a mãe e os irmãos Jacob e David, conforme relatado pela Forbes.
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Fonte: InfoMoney