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Vendas do comércio começam a esfriar e caem 4,2% em junho, mostra Índice Stone

10 de julho de 2025 - 14:52Produtos em supermercado (Foto:
Tânia Rêgo/Agência Brasil)

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As vendas do comércio no Brasil caíram 4,2% no mês de junho ante maio, resultado que leva a retração a 0,5% no primeiro semestre de 2025, quando comparada ao mesmo período do ano anterior. Dados do Índice do Varejo Stone (IVS) mostram queda em todos os oito segmentos de consumo avaliados, sinalizando para um cenário de esfriamento da atividade do setor.

“Os dados de junho reforçam a leitura de que a economia brasileira está passando por um momento de perda de fôlego. Apesar da taxa de desemprego continuar em queda e da criação de empregos formais, os números já apontam para uma possível desaceleração no ritmo do mercado de trabalho”, diz o economista e cientista de dados da Stone, Guilherme Freitas.

Na comparação com junho do ano anterior, a queda nas vendas foi de 4,6%, aponta o estudo feito pela Stone. Segundo Freitas, o consumo das famílias segue pressionado pelo alto comprometimento da renda com dívidas, dinâmica que impacta diretamente o varejo.

Quando são analisados os perfis de consumo segregados entre “sensíveis à renda” e “sensíveis ao crédito”, as quedas mensais foram, respectivamente, de 3,7% e 2,9% em junho. Na comparação anual, o recuo dos setores mais relacionados ao rendimento foi de 2,4%, enquanto aqueles associados ao crédito caíram 5%.

O índice de setores do comércio sensíveis à renda considera segmentos de consumo recorrente, como hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e artigos farmacêuticos. Já o índice de setores sensíveis ao crédito inclui segmentos de maior valor agregado e consumo esporádico, como móveis e eletrodomésticos, tecidos, vestuário e calçados, veículos e informática. Comparado ao segundo semestre de 2024, as quedas foram de 0,2% no primeiro e 0,3% no segundo setor.

“A inflação continua em trajetória de desaceleração, mas isso parece estar mais relacionado à fraqueza da atividade econômica do que a uma melhora estrutural”, aponta Freitas. “O conjunto dos dados sugere que o cenário de desaceleração vem se consolidando, ainda que seja necessário acompanhar os próximos meses para confirmar essa tendência”, diz.

Outro dado que reforça o cenário de recuo da atividade é a quebra por categorias de produto. Todos os oito segmentos avaliados registraram queda, puxada por móveis e eletrodomésticos (6,4%), seguido por material de construção (6,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,7%), artigos farmacêuticos (2,8%), tecidos, vestuário e calçados (2,3%), combustíveis e lubrificantes (1,7%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,3%).

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Fonte: InfoMoney

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