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Vai para o exterior nas férias e o novo IOF assusta? Veja como gastar menos

Vai para o exterior nas férias e o novo IOF assusta? Veja como gastar menos

Apesar da discussão em curso sobre recuos e compensações no aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), promovido pelo governo federal em maio, as novas alíquotas que incidem nas compras no exterior, sejam elas feitas em dinheiro ou no cartão, devem seguir em vigor em julho, mês que marca as férias escolares no Brasil e alta temporada de turismo do hemisfério norte.

Mas como gastar menos no verão nos EUA, na Europa, ou em qualquer viagem ao exterior? Wanessa Guimarães, planejadora financeira CFP pela Planejar, e Jeff Patzlaff, planejador financeiro CFP e especialista em investimentos, explicam abaixo.

Em 22 de maio, o governo federal promoveu o aumento da alíquota do IOF em transações com cartões internacionais (crédito, débito e pré-pagos) de 3,38% para 3,5% e aumentou a alíquota que incide na compra de moeda estrangeira em espécie e remessa para contas pessoais no exterior de 1,1% para 3,5% – novidades que devem morder os gastos de brasileiros no exterior.

Mas, para bater o martelo sobre qual forma de pagamento é a mais vantajosa, é preciso considerar outros fatores além do IOF. “O custo real vai além dessa alíquota. Existe também o chamado spread cambial, uma espécie de ‘gordura ‘ cobrada pelas instituições financeiras sobre o valor do câmbio oficial. Ou seja, mesmo quando o dólar comercial está cotado a R$ 5,00, por exemplo, o consumidor pode acabar pagando R$ 5,25 ou mais em uma transação, dependendo do spread embutido, que pode variar de menos de 1% em fintechs a mais de 6% em cartões de crédito tradicionais”, explica Guimarães.

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Além disso, segundo a especialista, o turista brasileiro deve considerar a diferença entre o dólar comercial, usado em transações entre bancos, empresas e no mercado financeiro, e o dólar turismo, utilizado por bancos, corretoras e casas de câmbio na venda de moeda para pessoas físicas, e inclui o spread.

Uma vez considerados estes pontos, as contas globais com cartões multimoeda são as opções mais vantajosas para o turista brasileiro. São exemplos a Avenue, Wise, C6 Global, Nomad, Inter Global, entre outros.

Isso porque permitem a conversão de reais para moeda estrangeria com câmbio comercial, ou a alguma taxa próxima, e cobram um spread cambial reduzido, geralmente entre 0,5% e 1%.

“Mesmo com a alíquota do IOF em 3,50%, essas contas continuam sendo uma das formas mais vantajosas de gastar no exterior. Além disso, o usuário consegue travar o câmbio no momento da conversão, o que dá mais previsibilidade financeira para a viagem”, explica Wanessa Guimarães.

Patzlaff explica ainda que algumas cooperativas e promoções de bancos tem zerado o spread ou devolvido o IOF para os clientes. “Esse tipo de oportunidade pontual pode ser uma boa economia para uma viagem internacional”

Uma segunda opção

Uma segunda opção para os turistas brasileiros é o cartão pré-pago internacional, também conhecido como “travel money”, que é carregado previamente em moeda estrangeira.

“Transações usando esse método estão sujeitas ao IOF de 3,50%, mas com spreads menores do que os cartões de crédito tradicionais. Como o câmbio é fixado na recarga, o consumidor evita surpresas com oscilações cambiais no fechamento da fatura”, explica Guimarães.

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As formas mais desvantajosas de gastar no exterior

Algumas formas de gastar dinheiro no exterior são consideradas significativamente onerosas pelo senso comum, como é o caso dos cartões de crédito internacionais.

Compras feitas no exterior com cartões de crédito internacionais emitidos no Brasil terão incidência de IOF de 3,50%, além de um spread cambial elevado, que pode variar entre 4% e 7% sobre o dólar comercial. “Na prática, isso faz com que o valor da compra fique até 10% mais caro do que o câmbio oficial”, explica a especialista.

Além disso, o câmbio adotado nas compras com cartão de crédito é definido na data de pagamento da fatura, o que aumenta a imprevisibilidade e pode gerar surpresas desagradáveis em momentos de alta do dólar.

Contudo, o aumento do IOF trouxe uma companhia ao grupo de meios de pagamentos mais onerosos no exterior: a moeda em espécie adquirida em casas de câmbio no Brasil.

Isso porque modalidade, que agora está sujeita ao IOF de 3,50% e não mais de 1,1%, costuma utilizar o dólar turismo, que já embute um spread elevado, e impõe ao turista o risco de carregar dinheiro em espécie, especialmente em casos de perda, roubo ou extravio de bolsas e bagagens.

“Evitar o cartão de crédito tradicional e a compra de moeda em espécie no Brasil pode representar uma economia relevante. Ambas as opções utilizam cotações mais caras e oferecem menos previsibilidade sobre o câmbio, o que dificulta o controle financeiro da viagem e pode comprometer o planejamento do turista”, avalia Camargo.

Atenção aos limites

Jeff Patzlaff, planejador financeiro CFP e especialista em investimentos, explica que os turistas brasileiros devem ficar atentos também aos limites de isenção de entrada com valores em espécie no país de R$ 10 mil e às obrigações de declaração à Receita Federal para valores superiores a R$ 10 mil ou equivalente em moeda estrangeira.

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Fonte: InfoMoney

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