O comandante da Marinha, Marcos Sampaio Olsen, o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e o ex-ministro Aldo Rebelo serão ouvidos nesta sexta-feira, 23, como testemunhas de defesa na ação penal que analisa uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Olsen chegou a pedir o cancelamento de sua participação, mas a solicitação foi rejeitada pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo. O comandante foi indicado como testemunha por seu antecessor no cargo, Almir Garnier Santos, que é um dos réus pela suposta trama golpista.
Mourão, que foi vice-presidente no governo de Jair Bolsonaro (PL), foi indicado por quatro réus: além de Bolsonaro, os ex-ministros Walter Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira.
Já Aldo Rebelo também foi apontado por Garnier, que foi seu assessor no Ministério da Defesa. Rebelo ocupou o posto entre 2015 e 2016, no segundo mandato de Dilma Rousseff (PT).
Outra pessoa a ser ouvida é Carlos Afonso Gonçalves Gomes Coelho, ex-secretário de Planejamento e Gestão da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão do deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), outro dos réus. Coelho também ocupou um cargo na direção da Polícia Federal (PF) no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas foi exonerado após passar a investigado pela suposta participação na estrutura conhecida como Abin paralela.
Gustavo Suarez da Silva, que chefiava a segurança presidencial no governo Bolsonaro, foi indicado por Augusto Heleno, assim como o coronel Alex Dall’Osso Minussi. Braga Netto listou Waldo Manuel de Oliveira Aires, que é do Clube Militar.
Fonte: Exame