O chefe da Mercedes, Toto Wolff, afirmou nesta sexta-feira (27) que George Russell tem mais chances de seguir na equipe na próxima temporada do que Max Verstappen, embora tenha confirmado interesse no holandês para o futuro.
Russell havia dito na véspera que a Mercedes estava conversando com Verstappen sobre uma possível mudança da Red Bull, o que estaria tornando mais demorada a renovação de seu próprio contrato. Apesar disso, demonstrou confiança na continuidade do vínculo.
“Não há atraso nas negociações do contrato do George”, declarou Wolff ao canal Sky Sports durante o Grande Prêmio da Áustria, onde Russell foi o mais rápido no primeiro treino livre.
“Já faz muito tempo que sabemos qual era e qual é nosso cronograma. Nos conhecemos há muito tempo, então não existe essa história de atraso”.
O dirigente austríaco explicou que o cenário depende de entender o que Verstappen, tetracampeão mundial e com contrato na Red Bull até 2028, planeja para os próximos anos.
“E isso pode se estender muito no futuro”, acrescentou. “Mas isso não tem qualquer efeito sobre assinarmos o contrato do George”.
Questionado se Russell, que tem como companheiro o novato italiano Kimi Antonelli, de 18 anos, era mais provável de estar no grid da Mercedes do que Verstappen em 2025, Wolff foi direto: “Sim.”
O chefe da equipe destacou a transparência na condução das conversas internas.
“O que tentamos fazer no time é sermos transparentes… você pode escolher esconder as coisas ou, como fizemos nos últimos 10 a 12 anos, colocar tudo às claras e dizer esta é a situação”, explicou.
“Não existe essa história de dizer ‘vamos assinar com o Max’. Isso está tão distante que não é realista. Com o George, falamos sobre tudo”.
Em entrevista coletiva, Wolff reforçou que tudo segue normal nas tratativas com Russell. Apesar dos recentes atritos e disputas de pista entre Russell e Verstappen, o austríaco não descartou que os dois possam dividir a equipe em algum momento.
“Posso imaginar qualquer combinação de pilotos. Eu tive Rosberg e Hamilton brigando pelo título mundial, então qualquer coisa depois disso fica mais fácil”, comentou.
“Há prós e contras em ter dois pilotos competindo de forma tão intensa. Vimos exemplos em que isso funcionou e outros em que não”.
(Reportagem de Alan Baldwin em Londres, edição de Toby Davis)
Fonte: CNN Brasil
