Semanas após o início de um julgamento que pode levar à divisão da Meta, dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, a empresa está usando o TikTok como argumento central em sua defesa. As informações são do Wall Street Journal.
A Meta enfrenta uma ação movida pela Comissão Federal de Comércio (FTC), que a acusa de manter um monopólio ilegal ao comprar rivais como o Instagram e o WhatsApp.
Para a FTC, essas aquisições eliminaram a concorrência e consolidaram o poder da Meta no mercado de redes sociais voltadas à conexão entre amigos e familiares.
A agência precisa provar que o domínio da empresa continua relevante até hoje — ponto que a Meta contesta ao destacar a força atual de concorrentes como o TikTok.
TikTok no centro do debate
- Durante o julgamento, um executivo do TikTok afirmou que o aplicativo não se vê como uma rede social tradicional, embora tenha recursos sociais.
- A defesa da Meta aproveitou para apresentar documentos internos do TikTok, onde o Instagram e o YouTube são citados como principais concorrentes.
- Além disso, destacou que hoje as interfaces das plataformas são muito parecidas e que o TikTok também investe em recursos sociais.
- Mark Zuckerberg, CEO da Meta, reforçou essa ideia ao afirmar que Instagram e Facebook evoluíram para plataformas de entretenimento, se aproximando do modelo do TikTok.

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Foco atual é nos vídeos curtos
O cofundador do Instagram, Kevin Systrom, testemunhou a favor da FTC, mas também reconheceu que o foco atual das redes é oferecer vídeos para entreter o usuário — uma semelhança entre Facebook, Instagram, TikTok e YouTube.
Apesar da defesa, a FTC apresentou e-mails e documentos antigos da Meta mostrando preocupação da empresa com o crescimento de rivais. A agência argumenta que o Facebook comprou o Instagram e o WhatsApp justamente para neutralizá-los como ameaças, especialmente no cenário mobile.
Systrom afirmou que o Instagram poderia ter se tornado um concorrente direto do Facebook se tivesse seguido sozinho, mas reconheceu que o apoio da Meta foi crucial para seu crescimento após a aquisição.
O julgamento, que está sendo conduzido pelo juiz James Boasberg, segue nas próximas semanas. O desfecho pode ter grandes consequências para o futuro da Meta e do setor de tecnologia.

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Fonte: Olhar Digital