O novo filme da Marvel, Thunderbolts*, estreou no dia 2 de maio com uma proposta inusitada: transformar personagens atormentados em uma equipe de heróis disfuncionais — e tudo começa com um asterisco.
Durante meses, o sinal gráfico ao lado do nome do longa serviu como mistério de marketing. Fãs especularam: seria uma referência ao General Ross, tradicional figura da franquia, agora interpretado por Harrison Ford? Teria a ver com alguma conspiração?
Aí vai um alerta de spoiler:
Nada disso. O símbolo é apenas um lembrete de que nem tudo é levado a sério — pelo menos no início.
A origem do nome da equipe surpreende pelo tom pessoal e despretensioso: o grupo é batizado a partir de um antigo time infantil de futebol do qual Yelena, irmã da Viúva Negra, fazia parte quando morava nos Estados Unidos disfarçada de americana. O time, treinado por seu “pai”, o espião Red Guardian, nunca venceu uma partida sequer.
É só depois de salvarem Nova York de um colapso gerado pelo instável Bob, o Sentinela, que a equipe ganha alguma credibilidade institucional. Valentina Allegra de Fontaine, diretora da CIA e responsável por parte do caos, decide aproveitar a onda de popularidade e os apresenta à imprensa como os “Novos Vingadores”. É daí que surge o asterisco.
De fracassados a heróis (com um asterisco)
A jornada de cada personagem é marcada por dores individuais profundas. Yelena lida com a culpa pela morte da irmã.
John Walker, o Capitão América temporário, enfrenta o abandono da própria família. Ghost e Bucky ainda carregam traumas de abusos passados. O próprio Sentinela, vítima de manipulação e abuso psicológico, libera uma entidade sombria — o Void — que coloca a cidade em risco.
Apesar das tensões internas e do caos que provocam, o grupo se vê obrigado a agir como uma verdadeira força de contenção. E o nome Thunderbolts*, inicialmente uma piada interna, vira Os Vingadores em uma jogada de marketing.
O uso da marca, no entanto, não é bem aceito por todos. Na cena pós-créditos, Sam Wilson — o novo Capitão América — aparece processando o grupo por uso indevido do nome “Vingadores”. A resposta do Red Guardian? Rebatizar o time como New Avengerz, com “z”.
No fim, o asterisco continua lá. Não como nota de rodapé, mas como um lembrete: nem toda história de herói começa com um escudo ou um martelo — às vezes, começa com um time de futebol infantil que nunca venceu.
Fonte: Exame