As ações da Tesla dispararam na manhã desta segunda-feira, 12, após os Estados Unidos e a China anunciarem uma trégua nas tarifas comerciais.
Antes da abertura do mercado, os papéis da montadora de veículos elétricos avançavam 7,7%, a US$ 321,18, retomando uma avaliação de mercado acima de US$ 1 trilhão — nível que não era atingido desde fevereiro.
Após a abertura, por volta das 11h15 (horário de Brasília), as ações subiam 6,47%, com o valor de mercado chegando a US$ 983 bilhões.
Em meados de abril, quando as tensões comerciais aumentaram, os papéis da montadora americana recuaram mais de 10% em poucos dias, chegando a fechar abaixo de US$ 230 em 21 de abril.
A trégua foi anunciada no fim de semana, após um encontro entre autoridades chinesas e americanas na Suíça. Com isso, os EUA reduziram suas tarifas sobre produtos chineses para 30%, enquanto a China baixou as tarifas sobre bens norte-americanos para 10%.
Para a Tesla, o mercado chinês é estratégico: a fábrica mais produtiva da empresa está localizada no país, que respondeu por cerca de 20% da sua receita global em 2024.
As tarifas não elevam os custos da Tesla, já que as peças de seus carros costumam ser adquiridas localmente. O problema, segundo analistas da Cantor Fitzgerald ouvidos pela Barron’s, é que parte dos consumidores chineses vem optando por comprar veículos elétricos da BYD, incentivados pelo sentimento nacionalista.
As vendas da empresa na China caíram 2% no primeiro trimestre e recuaram cerca de 15% nas cinco primeiras semanas do segundo, segundo dados compilados pelo Citi.
Outro fator que embala o otimismo com os papéis da Tesla é a expectativa para o lançamento do serviço de robotáxis, previsto para junho em Austin, no Texas. A iniciativa foi confirmada pelo CEO Elon Musk na teleconferência de resultados do primeiro trimestre, no dia 22 de abril.
Fonte: Exame