A plataforma chinesa de Temu passou a repassar integralmente para os consumidores dos Estados Unidos as novas tarifas de importação criadas por Donald Trump.
A medida, que entra em vigor no dia 2 de maio, impõe um imposto ad valorem de 120% sobre o valor de produtos importados ou uma taxa mínima de US$ 100 por remessa postal .
Antes, encomendas de até US$ 800 eram isentas sob a chamada regra de minimis, que facilitava a entrada de pequenos pacotes no mercado americano sem cobrança de impostos. Agora, com as novas tarifas, o preço de vários itens da Temu mais que dobrou.
Uma análise de 14 produtos mais vendidos enviados diretamente da China, segundo a Bloomberg, mostra que as taxas de importação ultrapassaram o valor dos produtos . Um exemplo é uma régua de energia de US$ 19,49, que passou a ter um encargo adicional de US$ 27,56 — o equivalente a 1,41 vez o preço do item.
No entanto, os consumidores ainda encontram preços estáveis em mercadorias estocadas em armazéns nos EUA. Dados compilados pela Bloomberg indicam que 66 dos 80 itens mais recomendados na Temu são enviados de depósitos locais , o que evita as novas taxas.
Desde fevereiro, a Temu vinha incentivando fábricas chinesas a enviar seus produtos em grandes volumes para armazéns nos Estados Unidos, em um modelo que a empresa chama de “meia custódia”, onde gerencia apenas a plataforma de vendas online.
Com a diminuição dos estoques domésticos, os preços devem subir, caso as tarifas continuem elevadas em 145% sobre novos envios.
Shein também sobe preços nos EUA
Em alguns casos, os aumentos superaram 300% em certos produtos , refletindo o impacto direto das tarifas sobre o setor de varejo online.
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