Na sexta-feira, o presidente americano Donald Trump ameaçou impor uma tarifa de 25% à fabricante Apple caso os iPhones não passem a ser produzidos nos Estados Unidos.
“Há muito tempo informei Tim Cook, CEO da Apple, que espero que os iPhones vendidos nos Estados Unidos sejam fabricados e construídos nos Estados Unidos, não na Índia ou em qualquer outro lugar”, escreveu Trump em uma publicação em sua rede social. “Se isso não for possível, a Apple deverá pagar uma tarifa de pelo menos 25% aos EUA.”
A declaração é mais um reflexo da guerra tarifária implementada pelos Estados Unidos desde março deste ano. Mas, afinal, quanto custaria um iPhone fabricado em solo americano?
Tarifas de Trump ameaçam a Apple
Com as tarifas aplicadas a outras nações, a Apple poderia pagar 54% a mais pela produção na China e 46% a mais pelo Vietnã — países onde é fabricada a maioria dos iPhones. Segundo Barton Crockett, analista da Rosenblatt, isso poderia gerar até US$ 40 bilhões em custos tarifários, o que resultaria em um aumento de até 40% no preço dos smartphones da marca.
Por isso, segundo Tim Cook, a prioridade seria manter a fabricação na Índia. Analistas internacionais afirmam que, apesar dos riscos tarifários, implementar a produção nos Estados Unidos não é viável para o futuro da Apple.
O volume de produção necessário para atender ao mercado americano, aliado à adaptação de fábricas e processos, demandaria tempo e investimentos. Há ainda preocupações com a mão de obra: os americanos estariam dispostos a assumir empregos na indústria fabril?
Quanto custaria um iPhone feito nos Estados Unidos?
De acordo com especialistas, um iPhone 100% produzido nos EUA poderia chegar a custar US$ 3.500.
Para efeito de comparação, os modelos mais recentes da companhia — o iPhone 16 e o iPhone 16 Pro — são vendidos a partir de US$ 799 e US$ 999, respectivamente.
A expectativa é que o iPhone 17 seja lançado em setembro, como de costume. Consumidores e investidores acompanham de perto a possibilidade de um aumento de preços ou de mudanças na cadeia de produção da Apple diante das novas ameaças tarifárias.
Fonte: Exame