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STF discute hoje ressarcimento de descontos indevidos em benefícios do INSS

STF discute hoje ressarcimento de descontos indevidos em benefícios do INSS

Supremo Tribunal Federal (STF) realiza hoje (dia 24) audiência de conciliação sobre ressarcimento dos valores descontados de forma fraudulenta dos benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A reunião é um pedido Advocacia-Geral da União (AGU), que também pede autorização para a abertura de um crédito extraordinário no orçamento público, que, caso aprovado, será destinado ao pagamento e ficarão de fora do teto de gastos federais nos anos de 2025 e 2026.

A audiência foi convocada pelo ministro do STF Dias Toffoli. A expectiva é que o INSS e a AGU vão apresentar um projeto de calendário das devoluções. Também foram convidados a participar do encontro, representantes da Defensoria Pública da União (DPU) e do Ministério Público Federal (MPF).

Durante uma transmissão virtual ao vivo, realizada na última quarta-feira, o dvogado-geral da União, Jorge Messias disse que o anúncio das datas de pagamentos depende da aprovação da Corte:

“A partir do momento que conseguirmos um pronunciamento final do STF, nós teremos condições de apresentar, pelo INSS, um calendário de pagamento.”

A AGU também pediu ao STF suspensão dos processos em curso que tratam da responsabilização da União e do INSS pelos descontos ilegais, bem como das decisões já proferidas sobre o tema. O objetivo é evitar a judicialização em massa dos casos.

Dias Toffoli, já atendeu a um dos pedidos da AGU: o de suspender o prazo de prescrição, que corresponde ao tempo legal que as vítimas teriam para ingressar com ações judiciais solicitando indenização.

Número de contestações

Até a última sexta-feira (dia 20), aposentados e pensionistas já registraram 3,5 milhões de manifestações de não reconhecimento de descontos associativos. A Polícia Federal e pela CGU estimam que pode chegar a 4,1 milhões de contestações

“Hoje, a Advocacia Geral da União já conseguiu, junto à Justiça Federal, um bloqueio de R$ 2,8 bilhões em patrimônio desses fraudadores. Isso hoje seria o suficiente para poder arcar com todos os 3,2 milhões pedidos. É essa a ideia, que a gente antecipe, que a gente pague, que não fique o nosso aposentado e pensionista no prejuízo”, garantiu Gilberto Waller Jr., presidente do INSS.

Plano de devolução dos valores

Waller também disse que planeja que os pagamentos seja feito lotes a cada 15 dias para as vítimas dos descontos indevidos.

“A ideia é que este pagamento ocorra ainda este ano, em parcela única e de forma muito simplificada, aos aposentados e pensionistas”, afirmou Messias. “Em um único mês, dois lotes de beneficiários serão pagos.”

Os casos em que não haja resposta ou comprovação da regularidade. Nesses casos, o governo federal vai ressarcir o aposentado e pensionista em um cronograma a ser informado em breve.

O advogado geral da União lembrou, no entanto, que a AGU já está atuando judicialmente para reaver esses recursos.

“É importante que a sociedade saiba que vamos atrás de cada centavo desviado. Não vamos aceitar que o contribuinte brasileiro pague essa conta”, apontou Messias.

Como contestar os descontos indevidos

O beneficiário deve registrar a contestação pelo aplicativo (disponível para Android e iOS) e site Meu INSS ou presencialmente nos Correios.

Após o pedido, a entidade responsável pelo desconto será notificada para apresentar comprovação de autorização. Se não houver resposta em 15 dias úteis, a associação terá mais cinco dias para devolver o valor. Caso o ressarcimento não ocorra, o governo federal garantirá a devolução diretamente ao segurado.

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Fonte: InfoMoney

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