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Stablecoins: como a dolarização cripto está ganhando força

Por Guilherme Sacamone*

E se você pudesse combinar o poder global do dólar com a velocidade, segurança e liberdade do universo cripto — e ainda ganhar com isso? Essa é a proposta das stablecoins: uma maneira mais inteligente de proteger, movimentar e até fazer o seu dinheiro render, sem depender dos bancos tradicionais.

Não são apenas “dólares digitais”. Stablecoins como USDT, USDC e RLUSD são lastreadas em moedas fiduciárias ou ativos como o ouro, unindo a estabilidade das finanças tradicionais com as vantagens tecnológicas da blockchain. E aqui está o diferencial que muda o jogo: nas principais corretoras de cripto, você pode ganhar rendimento apenas por manter suas stablecoins. Seu dinheiro não fica parado — ele trabalha por você.

Num mundo marcado por incertezas econômicas e inflação, ter uma reserva financeira segura nunca foi tão importante. Se antes as pessoas buscavam proteção em papel-moeda ou metais preciosos, agora estão migrando — e rápido — para as stablecoins.

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No Brasil, as transações com esse tipo de ativo cresceram mais de 200% entre meados de 2023 e 2024, segundo a Chainalysis. Hoje, 28% de todas as transações cripto no país já acontecem com stablecoins.

Mas não se trata apenas de proteção — elas também são extremamente práticas. Como funcionam sob a tecnologia blockchain, as transferências com stablecoins são muito mais rápidas e baratas do que os meios tradicionais de envio internacional. Mandar dinheiro para fora do país já não exige mais processos lentos nem tarifas escondidas — leva minutos, não dias.

Para quem vive em economias marcadas por inflação, controles de capital ou desvalorização da moeda, as stablecoins são uma saída real. Em locais onde o dinheiro local perde valor rapidamente ou o acesso ao dólar é limitado, elas se tornam uma reserva confiável de valor — e uma ponte direta para a economia global, tudo via celular, sem precisar de autorização bancária ou burocracia.

Além disso, stablecoins vêm abrindo novas possibilidades para quem busca diversificar investimentos de maneira prática e acessível. Hoje, muitas plataformas permitem que usuários utilizem stablecoins para acessar produtos de renda passiva, como pools de liquidez e programas de staking, ampliando o potencial de ganhos de forma segura e transparente.

Essa combinação de proteção contra volatilidade com oportunidades reais de rendimento está redesenhando o conceito tradicional de “guardar dinheiro”. Em vez de deixar recursos parados em contas que mal acompanham a inflação, cada vez mais pessoas estão optando por dolarizar seus ativos e colocá-los para render em ambientes cripto seguros.

E como todas as transações ficam registradas na blockchain, as stablecoins oferecem uma transparência que o dinheiro físico jamais conseguiria. Essa rastreabilidade fortalece o combate a crimes como lavagem de dinheiro — e é justamente por isso que governos estão começando a prestar atenção.

Alguns países, como o Brasil, vêm abraçando a inovação cripto com regras claras e abertura para participação da sociedade. Outros ainda estão presos a velhos paradigmas, optando por regulamentos restritivos.

A verdade é simples: as stablecoins não são apenas mais um passo na digitalização das finanças. Elas representam uma mudança radical na forma como pensamos sobre dinheiro, valor e acesso. Seja como proteção contra a inflação, ferramenta de envio de dinheiro ou ativo gerador de renda por meio de programas de rendimento, as stablecoins estão transformando a forma como lidamos com nossas finanças.

Dolarize. Ganhe. Liberte-se. O futuro não está chegando. Ele já começou — e é em stablecoin.

*Guilherme Sacamone é CEO da OKX no Brasil, uma exchange global de criptomoedas e empresa de tecnologia on-chain. Com ampla experiência em crescimento e desenvolvimento de negócios, já trabalhou em empresas como Meta e Crypto.com Escreve mensalmente para a Exame/Future of Money sobre ETFs de Bitcoin, ativos digitais e a evolução do mercado cripto.

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