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Sonda soviética, lançada em 1972, deve cair na Terra em maio após 53 anos em órbita

Em março de 1972, a União Soviética lançou a sonda Kosmos 482 como parte da missão Venera, com o objetivo de explorar a atmosfera de Vênus.

No entanto, devido a uma falha no foguete Soyuz, a espaçonave não conseguiu escapar da órbita terrestre e permaneceu vagando ao redor do planeta por mais de cinco décadas.

Previsão de volta da Kosmos 482

Agora, conforme monitoramento realizado pelo pesquisador Marco Langbroek e publicado em seu blog SatTrackCam Leiden em 24 de abril em rastreamento orbital, a Kosmos 482 está prestes a retornar na atmosfera da Terra de forma descontrolada, com previsão para ocorrer por volta do dia 9 ou 10 de maio de 2025.

A data exata ainda pode variar devido à influência da atividade solar, que afeta a densidade da atmosfera superior e, consequentemente, a resistência encontrada pelo objeto em órbita.

Área de risco do retorno

A órbita atual da Kosmos 482 apresenta uma inclinação de aproximadamente 51,7 graus, o que significa que sua reentrada pode acontecer em qualquer ponto entre as latitudes 52° Norte e 52° Sul – abrangendo áreas que vão desde o Reino Unido até a Nova Zelândia.

A maior parte da superfície terrestre nessas latitudes é coberta por oceanos, aumentando a chance de que os destroços caiam em áreas remotas ou marítimas.

Características da Kosmos 482 e riscos de impacto

Pesando cerca de 495 kg e medindo aproximadamente 1 metro de diâmetro, o módulo de pouso da Kosmos 482 foi construído para suportar as condições extremas da atmosfera de Vênus, o que eleva a possibilidade de que partes da estrutura resistam à reentrada e atinjam o solo terrestre. Estima-se que, ao tocar o solo, os fragmentos possam atingir velocidades em torno de 240 km/h.

Existe uma pequena chance de que o paraquedas da sonda, projetado para sua descida em Vênus, possa se abrir durante a reentrada, mas especialistas consideram essa hipótese improvável. Caso isso não ocorra, o impacto será mais forte.

Monitoramento da trajetória e segurança

Embora o risco para pessoas e propriedades seja baixo, ele não é nulo. Por isso, agências espaciais e astrônomos continuam acompanhando a trajetória da Kosmos 482 para tentar prever com maior precisão o momento e o local da queda, além das condições da reentrada.

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