A Simpar (SIMH3), holding que abarca nomes como Vamos (VAMO3), Movida (MOVI3) e Automob (AMOB3), divulgou seus resultados na noite desta quinta, 8. A companhia lucro líquido ajustado de R$ 26 milhões no 1T25, com perda ante os R$ 90 milhões do primeiro trimestre de 2024.
“Eu acho que temos a oportunidade aqui de fazer entregas, mesmo com a alta de juros, em várias frentes, nos vários negócios”, afirma Denys Ferrez, CFO da Simpar. A queda, conforme mostra o material, tem relação com recuo de lucro líquido tanto da JSL quanto da Vamos, ainda que o lucro da Movida tenha apresentado forte alta. A Automob, por sua vez, apresentou prejuízo mais forte, em R$ 35 milhões, ante os R$ 5 milhões atribuídos à companhia no primeiro trimestre de 2024.
“A JSL fez um movimento de procurar o equilíbrio de seus contratos, trazendo de novo a margem para um patamar normalizado, então isso deverá se refletir em benefício da companhia para frente”, diz.
A companhia apresentou avanço nas outras linhas principais do balanço, com alta de 20% no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado, em R$ 2,9 bilhões.
A receita bruta, por sua vez, ficou em R$ 8,4 bilhões no trimestre, com alta de 16% na comparação anual.
“Em outubro, fizemos um plano que tinha como foco a obtenção de eficiência e a captura de resultados no que havia sido construído. A comprovação disso é o investimento liquido que a gente realiza neste primeiro trimestre, que foi de R$ 723 milhões”, afirma. O executivo destaca que, em outros momentos da companhia, o investimento líquido chegava a superar o Ebitda em até duas vezes ou mais. Agora, a anualização da cifra demonstra Ebitda quatro vezes maior que o investimento líquido.
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A Movida (MOVI3), por sua vez, mostra disciplina de precificação, segundo executivo. “Acho que isso aqui é uma entrega importante, seja no RAC, e que também está acontecendo na precificação do GTF”, afirma. Denys também destaca a consistência presente nos seminovos, com um portfólio ajustado, que se refletiu no resultado de 2024 e que segue em 2025. “Mais para frente, é buscar mais ganhos de produtividade, continuidade desse equilíbrio e justeza de precificação para todas as partes”, diz.
Na Vamos (VAMO3), a fase que a companhia estará se apresenta com pouca volatilidade e surpresa, o que gera valor para companhia, na visão do executivo.
“Eu acho que é uma empresa com um comportamento bastante linear. Investidor gosta, né? A Vamos fala em crescimento de uma forma mais gradual, que permita ela, além de crescer, se desalavancar. Ela tem, como oportunidade do ano, um estoque de ativos pagos ainda para entrar em operação”, destaca.
A história nova da companhia, Automob (AMOB3), se apresenta em três principais frentes: automóveis, caminhões e agro.
“Quando a gente pensa no grupo, a gente tem muito o olhar do retorno do seu capital investido, especificamente a Automob, por conta de toda essa movimentação que a gente está fazendo com elas, de aquisição, junção, temos ainda que fazer uma série de integrações para extrair o benefício disso”, afirma.
Dentre as outras empresas do grupo, a CSInfra traz portfólio de concessões de longo prazo com necessidade reduzida de Capex. A Ciclus Ambiental, composta pela Ciclus Amazonia e Ciclus Rio, apresenta novo patamar de resultados após reequilíbrios contratuais. Já a CS Brasil apresentou redução do prejuízo para R$ 19 milhões no 1T25 apesar do aumento de taxas de juros.
“A gente tem um planejamento estratégico feito em outubro que não precisou ser ajustado do ponto de vista de foco em extrair eficiência, vis-à-vis o foco no crescimento. O foco em extrair eficiência não precisou de nenhum ajuste em virtude dos acontecidos em percepção econômica, principalmente o que aconteceu no final de dezembro, por conta de uma deterioração de mercado que a gente viu aí na tela, mas a gente fez um planejamento adicional buscando executar mais cortes de gastos, mais iniciativas na frente de receita para os vários negócios”, conclui o Ferrez.
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Fonte: InfoMoney