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Show de Lady Gaga no Rio: playback ou performance ao vivo?

O show de Lady Gaga na Praia de Copacabana, diante de 2,1 milhões de fãs, trouxe à tona uma discussão comum em megaeventos pop: o uso de sons gravados — o famoso playback. E daí fica a dúvida: a artista usou o recurso na apresentação do último sábado, 3, ou não?

Embora muitos espectadores tenham questionado a autenticidade do espetáculo, apontando que”ela “estava dublando” ou “usando playback”, é importante entender o contexto desse recurso nos shows da cantora e ressaltar que Lady Gaga está entre as artistas de pop com maior alcance vocal da atualidade. A apresentação incluiu tanto canto quanto extensas séries de coreografia quanto trocas de figurino e movimentação pelo palco, que tinha mais de 1200 m².

A cantora fez, sim, uso de vocais gravados, como apoio à sua voz ao vivo. Mas deixou claro em quais momentos não estava cantando, de fato — a respiração ofegante durante coreografias intensas comprovam isso. Os instrumentos que ela tocou ao longo do show, piano e guitarra, também não foram gravados.

A apresentação contou com banda completa, que também teve destaque, com músicos visíveis durante todo o show.

Playback ou apoio técnico?

Esses sons gravados, que muitas vezes geram confusão nas redes sociais, são na maioria das vezes complementares à apresentação ao vivo.

Artistas pop frequentemente recorrem a bases pré-gravadas para dar mais suporte às performances e garantir que a energia e o impacto do show se mantenham, especialmente em eventos de grande escala. No caso de Lady Gaga, esses apoios eram específicos para momentos nos quais a coreografia era mais intensa, troca de figurino ou como backing vocal (complemento de harmonia) mesmo.

O uso de gravações na praia de Cobacabana foi necessário devido ao formato da performance, em que Gaga usa microfones headset, sem a opção de afastar o microfone para apenas dar espaço para a gravação.

O uso de playback total, em que o artista finge cantar, é comum em programas de TV e apresentações específicas, como no intervalo do Super Bowl.

‘Ópera gótica’

A performance de Lady Gaga, que ela mesma define como “ópera gótica”, foi marcante também pela produção conceitual e teatral. A cantora trouxe uma mistura de simbolismos e elementos visuais que refletiam seu retorno ao pop mais experimental, como visto em seus primeiros discos.

A estética densa e emocional do show não buscou o brilho festivo, mas sim uma experiência mais introspectiva e, ao mesmo tempo, impactante.

Fonte: Exame

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