Rússia e Ucrânia trocaram 307 militares cada neste sábado (24), no segundo dia de troca de prisioneiros que, quando concluída, deverá ser a maior desse tipo na guerra de três anos entre os dois países.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que a troca de prisioneiros — que deve resultar na libertação de mil pessoas de cada lado ao longo de três dias — pode anunciar uma nova fase nos esforços intermitentes para negociar um acordo de paz entre Moscou e Kiev.
A troca deste sábado foi anunciada pelo Ministério da Defesa da Rússia e, separadamente, pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em uma publicação no aplicativo de mensagens Telegram.
“Amanhã esperamos mais”, escreveu o líder. “Nosso objetivo é resgatar todos e cada um de nós do cativeiro russo.”
Imagens divulgadas pelo gabinete de Zelensky mostraram militares ucranianos libertados chegando em ônibus a um ponto de encontro na Ucrânia, onde se abraçaram e se cobriram com bandeiras ucranianas azuis e amarelas.
Pelo menos um dos militares libertados estava em lágrimas e sendo consolado por uma mulher em uniforme militar.
A primeira parte da troca de prisioneiros ocorreu na sexta-feira (23), quando os países soltaram 390 prisioneiros cada, incluindo 120 civis, e anunciaram que libertariam mais nos próximos dias.
Na sexta-feira, o Ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que a Rússia estaria pronta para entregar à Ucrânia um rascunho do documento delineando as condições para um acordo de paz de longo prazo assim que a atual troca de prisioneiros fosse concluída.
A libertação deste sábado ocorreu poucas horas após a capital ucraniana ter sido abalada por um bombardeio russo durante a noite, com drones de longo alcance e mísseis balísticos, no qual 15 pessoas ficaram feridas.
A troca de prisioneiros foi acordada em breves negociações em Istambul, em 16 de maio, entre as delegações russa e ucraniana, que se reuniram a pedido de Trump.
Fonte: CNN Brasil