O clima global ficou um pouco menos tenso em maio, após o recuo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sua agenda tarifária. Esse alívio abriu espaço para uma revisão mais otimista do cenário macroeconômico e reacendeu o apetite por risco nos mercados internacionais.
Mesmo com essa trégua, as corretoras apostam em nomes conhecidos no mercado internacional como forma de prevenção para possíveis mudanças. ”Mantemos cautela diante da incerteza relacionada às tarifas e buscamos reduzir o tamanho de exposições positivas e negativas para mitigar riscos, ao mesmo tempo que buscamos oportunidades em diferentes regiões, temas e setores”, disse Fernando Ferreira, CFA
estrategista chefe da XP, e Raphael Figueredo, estrategista de ações da casa.
A compilação mensal de carteiras internacionais de corretoras de junho, feita com base nas recomendações de oito casas, teve apenas uma alteração na comparação com maio: saiu a Berkshire Hathaway (BERK34) – que não tem mais o megainvestidor Warren Buffett como CEO – e entrou a Visa (VISA34).
”Nossa visão positiva para a Visa é sustentada pela atual demanda reprimida por viagens, crescente penetração em mercados emergentes, alavancagem operacional e pelo cenário macroeconômico mundial de fortes pressões inflacionárias, que beneficia a empresa mediante incremento nos volumes financeiros transacionados”, disse Ricardo Peretti, CGA estrategista pessoa física do Santander.
Abaixo, confira as ações globais recomendadas por instituições locais. Foram considerados apenas os papéis mencionados por pelo menos 3 vezes.
Empresa | Número de recomendações | Retorno nos últimos 30 dias* |
Amazon (AMZO34) | 6 | 7,92% |
Microsoft (MSFT34) | 5 | 2,25% |
Alphabet (GOGL34) | 4 | 23,93% |
Nvidia (NVDC34) | 4 | 23,85% |
JPMorgan (JPMC34) | 4 | 6,44% |
Visa (VISA34) | 3 | 5,47% |
Meta (M1TA34) | 3 | 14,29% |
Apple (AAPL34) | 3 | -1,83% |
Alibaba (BABA34) | 3 | -8,62% |
Amazon (AMZO34)
Em relatório, a Terra Investimentos disse que a Amazon se destaca porque oferece uma variedade de produtos e serviços por meio de seus sites. Os itens fornecidos pela empresa, segundo a casa, incluem mercadorias e conteúdo para compra e revenda de fornecedores e aqueles oferecidos por terceiros.
Microsoft (MSFT34)
A tese de investimento na criadora do Windows está baseada em três pontos, segundo o BTG Pactual: ”Integração de aplicações de inteligência artificial em seus principais produtos, como o Microsoft Office e o mecanismo de busca Bing; desenvolvimento de soluções em realidade virtual; e novo ciclo de crescimento impulsionado pela expansão da computação em nuvem por meio da plataforma Azure”.
Alphabet (GOGL34)
A inclusão de Alphabet na carteira do Itaú BBA ocorre após a ação se aproximar dos seus recordes históricos. Segundo o banco, o papel mostrou recuperação em maio e pode seguir em alta caso supere US$ 84,50, mirando objetivos técnicos em US$ 89,00 e US$ 103,90. O suporte de atenção está em US$ 68,45. Com potencial de valorização de 15,3%, é a principal aposta da carteira para este mês.
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Nvidia (NVDC34)
A Nvidia é um bom negócio, de acordo com o Santander, porque fornece a infraestrutura para o avanço da inteligência artificial generativa, ”tecnologia que tem o potencial de redefinir diversas indústrias ao longo dos anos”. A companhia, ainda segundo o banco, tem ”posição dominante no fornecimento de GPUs utilizadas em data centers, com cerca de 95% de participação de mercado”.
JPMorgan (JPMC34)
A empresa global de serviços financeiros tem peso de 10% na carteira da XP. Segundo a casa, o JPMorgan é reconhecido por sua ”solidez financeira, experiência em mercados globais e capacidade de fornecer soluções personalizadas para seus clientes”. Nas décadas recentes, de acordo com a XP, o banco também tem firmado seu lugar como ao realizar ”aquisições oportunísticas em momentos chave do setor bancário americano, contribuindo para evitar impactos em maior escala sobre o sistema financeiro global”.
Visa (VISA34)
Segundo a Safra Corretora , a empresa está em um “momento atrativo para entrada, após a recente queda no preço das ações”. A casa destacou que as receitas continuam em crescimento e que as ações negociam hoje a 29 vezes o lucro (P/L), um patamar considerado descontado em relação aos níveis pré-pandemia. Esse preço, segundo o Safra, “desconsidera diversas oportunidades de crescimento que estão se tornando mais relevantes para o seu negócio à medida que as receitas do mercado de meios de pagamento se maturam e se consolidam em torno dos players atuais”.
Meta (M1TA34)
A tese de investimento na companhia, segundo o BTG Pactual, se apoia nos seguintes pontos: ”Forte geração de caixa no segmento legado de publicidade digital, principalmente via Facebook; expansão das operações da divisão Reality Labs, com foco em metaverso, realidade virtual e aumentada; e novo ciclo de investimentos focado na monetização de soluções de inteligência artificial em suas plataformas”.
Apple (AAPL34)
A desenvolvedora do iOS é bom negócio porque tem um ecossistema ”otimizado, que tende a capturar e reter os usuários ao seu universo de produtos”, segundo o Santander. Além disso, de acordo com a casa, a empresa vem ”consistentemente aumentando os preços médios de vendas de seus hardwares, e a expansão do segmento de serviços nas receitas totais mitiga o caráter cíclico de suas operações”.
Alibaba (BABA34)
Para o BTG Pactual, a tese na empresa é baseada nos seguintes pontos: ”Redução da tensão comercial entre China e EUA e posicionamento institucional leve no mercado chinês; sólida geração de caixa, com yield de fluxo de caixa de 4,0% estimado pelo consenso de mercado; expansão da divisão de computação na nuvem, com crescimento de três dígitos nas receitas de produtos relacionados à inteligência artificial.”
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Fonte: InfoMoney