Em um cenário ainda marcado por juros elevados, os fundos imobiliários (FIIs) atrelados a recebíveis se destacaram como os grandes vencedores de maio. No entanto, alguns fundos de outros setores também se destacaram.
No topo da lista está o HCTR11, com retorno de 16,44%, seguido por BLMG11 (15,76%), DEVA11 (11,10%) e GTWR11 (9,88%).
A lista segue com BTHF11 (7,28%), PMIS11 (6,08%), além de nomes como OUJP11, KNSC11, BBIG11 e BTAL11, que também compõem o grupo dos quinze mais rentáveis no mês, segundo levantamento com base nos listados do IFIX.
Nome | Ticker | Retorno do fechamento do mês de maio |
Hectare CE | HCTR11 | 16,44% |
Bluemacaw Logística | BLMG11 | 15,76% |
Devant Recebíveis | DEVA11 | 11,10% |
FII Green Towers | GTWR11 | 9,88% |
BTG Pactual | BTHF11 | 7,28% |
Paramis Hedge Fund | PMIS11 | 6,08% |
Kinea Oportunidades | KORE11 | 6,06% |
Ourinvest PP | OUJP11 | 5,40% |
BB Premium Malls | BBIG11 | 5,31% |
Rio Bravo Fundo de FII | RBFF11 | 5,17% |
Kinea Securities | KNSC11 | 5,14% |
Itaú Crédito Imobiliário | ICRI11 | 5,10% |
RBR Rendimento High Grade | RBRR11 | 5,09% |
WHG Real Estate | WHGR11 | 4,78% |
BTG Pactual Agro Logística | BTAL11 | 4,73% |
O analista Felipe Sant’Anna, da Axia Investing, ressalta que o bom desempenho dos FIIs de papel está diretamente ligado ao ciclo de juros. “Com a Selic elevada, os indexadores que ajustam os CRIs, como o CDI e o IPCA, acabam impulsionando os rendimentos desses fundos, o que naturalmente atrai o interesse de investidores em busca de renda real”, explica.
No entanto, Sant’Anna alerta para eventuais distorções nos resultados mensais. “Nem sempre retornos elevados refletem uma performance recorrente. Muitas vezes, esses picos se devem a eventos pontuais, como multas, indenizações judiciais ou venda de ativos. Isso pode gerar uma expectativa irreal de continuidade e, posteriormente, frustração no mercado”, afirma.
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Maiores retornos de maio mostram maior diversidade
Para o analista Leonardo Andreoli, da Hike Capital, o ranking de maio também traz uma maior amostra da diversidade do setor. “Além dos fundos de recebíveis e híbridos, vemos nomes como o BLMG11, que atua no segmento logístico e se beneficiou da resiliência na ocupação e dos reajustes atrelados à inflação”, pontua.
Outros fundos, como KNSC11 e KORE11, também apresentaram boa performance, puxados por uma reprecificação de ativos descontados e pela qualidade de crédito nas carteiras, fatores que têm atraído investidores de perfil mais conservador.
A presença do BBIG11, voltado ao setor de shoppings, indica uma possível retomada do interesse por fundos de tijolo — movimento que costuma ocorrer quando o mercado começa a antecipar ciclos de queda da Selic.
Já o BTAL11, fundo com gestão ativa do BTG, surfou a valorização dos ativos subjacentes no mercado secundário, refletindo um cenário de recuperação.
“Em resumo, o ranking de maio mostra um mercado que continua premiando renda elevada, qualidade de crédito e estratégias oportunistas bem executadas”, diz Andreoli.
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Fonte: InfoMoney