A desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recuou 3,5 pontos percentuais em abril, passando para 50,1%, de acordo com a pesquisa Latam Pulse, realizada pelo instituto AtlasIntel em parceria com a Bloomberg e divulgada nesta segunda-feira (28). A aprovação do presidente subiu de 44,9% para 46,1%, enquanto 3,8% dos entrevistados não souberam ou preferiram não responder.
Essa é a primeira queda na avaliação negativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde abril de 2024. Até então, a desaprovação vinha em trajetória de alta, atingindo seu pior patamar em março de 2025. Por outro lado, a aprovação registra seu primeiro avanço desde novembro de 2024.
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A pesquisa revela que a desaprovação ao presidente Lula é mais elevada entre homens (61,2%), pessoas com ensino médio (61,8%), moradores das regiões Norte (71,1%) e Centro-Oeste (50,9%), além dos evangélicos (67,7%). Por outro lado, o apoio ao presidente é mais expressivo entre mulheres (52,4%), moradores do Nordeste (52,9%) e pessoas com ensino fundamental (55,4%). Entre os eleitores que votaram em Lula no segundo turno de 2022, a aprovação alcança 96,2%.
A avaliação do governo federal apresentou melhora: a parcela dos que consideram a gestão “ótima” ou “boa” subiu de 37,4% para 40,2%, enquanto a avaliação negativa, que classifica o governo como “ruim” ou “péssimo”, recuou de 49,6% para 47,7%. Já a percepção de que o governo é “regular” diminuiu de 12,5% para 9,6%.
Acertos e erros
Quando questionados sobre as principais decisões do governo Lula, 89% dos entrevistados consideraram positivo o anúncio de gratuidade para medicamentos e itens do programa Farmácia Popular. Além disso, a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil também recebeu ampla aprovação, sendo bem avaliada por 84% dos participantes da pesquisa.
A retirada de garimpeiros de reservas indígenas e ambientais foi a terceira medida mais bem avaliada, recebendo 68% de aprovação entre os entrevistados.
Por outro lado, a medida mais reprovada foi a cobrança de imposto sobre compras internacionais de até US$ 50, popularmente conhecida como “taxa das blusinhas”, que foi desaprovada por 63% dos entrevistados.
Outras propostas também foram alvo de críticas, como a fiscalização de transações via Pix superiores a R$ 5 mil e a criação de cotas de emprego para detentos e ex-detentos em licitações públicas. Essas medidas geraram controvérsia entre os entrevistados.
A pesquisa AtlasIntel foi realizada com 5.419 brasileiros entre os dias 20 e 24 de abril de 2025. A margem de erro é de 1 ponto percentual, para mais ou para menos.
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