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Quem são os ex-comandantes das Forças Armadas que depõem no STF sobre plano de golpe

Quem são os ex-comandantes das Forças Armadas que depõem no STF sobre plano de golpe

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou, nesta segunda-feira (19), as audiências de depoimentos de testemunhas indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.

Entre os primeiros a depor estão os ex-comandantes das Forças Armadas, general Marco Antônio Freire Gomes e o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior.

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O papel dos militares na suposta trama de golpe, segundo denúncia da PGR

Quem é o general Marco Antônio Freire Gomes?

Freire Gomes foi comandante do Exército no último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL). Natural de Pirassununga (SP), ele ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) em 1977 e construiu uma carreira com destaque em operações especiais e inteligência militar.

O general ocupou cargos estratégicos como comandante da Brigada de Operações Especiais em Goiânia e chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ele também serviu como adido militar na Espanha e participou de missões da ONU na América Central.

No comando do Exército, Freire Gomes teria sido pressionado a apoiar a trama golpista, segundo os autos da investigação. Em seu depoimento ao STF, ele é esperado para esclarecer os detalhes dessas pressões e possíveis articulações que teriam ocorrido dentro da caserna.

Quem é o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Junior?

Carlos de Almeida Baptista Junior é um oficial da Aeronáutica com uma longa carreira militar. Natural de Fortaleza (CE), ele ingressou na Força Aérea Brasileira (FAB) em 1975 e acumulou mais de 4 mil horas de voo, incluindo experiência em aeronaves de caça.

Baptista Junior comandou o Comando-Geral de Apoio da FAB e foi chefe de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa. Em 2021, tornou-se comandante da Aeronáutica, cargo que ocupou até 2023. No inquérito do STF, ele é citado como um dos militares que teriam resistido às pressões para apoiar o plano golpista.

O que dizem as investigações?

A Procuradoria-Geral da República acusa um grupo de militares e civis próximos a Bolsonaro de tentar impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após a derrota eleitoral do então presidente. O suposto plano golpista envolvia ações coordenadas para deslegitimar o processo eleitoral e utilizar as Forças Armadas para interferir nos resultados.

Freire Gomes e Baptista Junior são apontados como testemunhas-chave para esclarecer o grau de envolvimento dos militares na trama e confirmar se houve pressões para que as Forças Armadas aderissem ao plano.

As audiências serão conduzidas por juízes-auxiliares do gabinete do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e todas as sessões ocorrerão por videoconferência. O processo inclui mais de 82 testemunhas e deve se estender até o início de junho.

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Fonte: InfoMoney

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