A Polícia Militar de São Paulo admitiu nesta sexta-feira (11) que houve erro na operação que resultou na morte de Igor Oliveira de Moraes Santos, de 24 anos, em Paraisópolis. Segundo o coronel Massera, porta-voz da corporação, a análise das câmeras corporais comprovou que o adolescente foi baleado mesmo estando rendido. Dois policiais foram presos em flagrante e outros dois indiciados.
“Quando há erro, a gente corrige. Nossa instituição tem o compromisso com o acerto. Assim que verificamos que os policiais não agiram dentro das excludentes de ilicitude, foram autuados”, afirmou Massera. Ele reforçou que a atuação correta da PM é o que dá segurança para a população continuar confiando na corporação.
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A ação inicial ocorreu após denúncias de tráfico. Quatro suspeitos fugiram e se esconderam em uma casa. Três foram presos e um foi morto. Com o grupo, a polícia encontrou mais de 700 porções de drogas, duas armas, balança de precisão e dinheiro em espécie. Segundo Massera, a casa não era usada pelo tráfico, e a pessoa que mora no local não tem envolvimento com o crime.
Após o caso, houve protestos com violência na comunidade. Um sargento da ROTA foi baleado e socorrido. Um homem com passagens criminais morreu em troca de tiros, e outro foi preso ao tentar incendiar um carro. A PM afirma que os ataques foram organizados e que a resposta foi rápida: em poucos minutos, mais de 300 agentes foram deslocados para conter os distúrbios.
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Massera reforçou que a PM está atenta à atuação de criminosos na região. “É uma tentativa de medir forças, e a Polícia Militar não vai recuar. Houve um erro, sim, e os responsáveis já estão presos, mas precisamos devolver a tranquilidade para aquela comunidade”, declarou.
A corporação também abriu um procedimento interno para apurar a divulgação de uma imagem indevida do local da ocorrência, que mostra o jovem morto ao fundo. A conduta foi classificada como um “descuido grave”. “Determinei imediatamente um procedimento para apurar a postura dos envolvidos e evitar que isso volte a acontecer”, disse Massera.
As ações na região continuam com reforço de policiamento e monitoramento constante.
Fonte: CNN Brasil