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Quais eram os três filmes favoritos do Papa Francisco

Papa Francisco, que faleceu na segunda-feira, 21, aos 88 anos, era conhecido não apenas por sua liderança na Igreja Católica, mas também por sua apreciação pela arte, incluindo seu amor por filmes e literatura.

Enquanto o mundo lamenta a perda do Papa Francisco, que liderou a Igreja Católica durante um período de grandes mudanças globais, sua afinidade pela arte, especialmente pelo cinema, atrai a atenção de muitos.

Seu papado foi marcado por passos progressivos na fé, mas também por seu envolvimento pessoal com expressões culturais como literatura, música e, notavelmente, o cinema. Em suas entrevistas, o papa compartilhou vários filmes que o tocaram de maneira profunda, cada um explorando temas de fé, sofrimento humano e redenção — valores que ele prezava.

O Festim de Babette (1987) 

Um dos filmes favoritos do Papa Francisco foi O Festim de Babette (1987), um filme dinamarquês que explora elegantemente a fé, o sacrifício e o poder transformador da arte. No filme, Babette, uma cozinheira francesa, prepara uma refeição luxuosa para uma pequena comunidade religiosa com dificuldades em entender a indulgência.

Eles se questionam se o banquete suntuoso contradiz sua piedade, enquanto a abnegação de Babette se torna um símbolo de devoção e graça. Os profundos temas do filme sobre sacrifício, arte e a interseção entre fé e criatividade estavam claramente alinhados com as próprias visões do papa sobre como a arte pode elevar e aprofundar as experiências espirituais.

O filme, visualmente deslumbrante, aborda a ideia de que verdadeira devoção e criatividade podem coexistir, tornando-se uma escolha perfeita para a lista de filmes favoritos do pontífice.

Roma, Cidade Aberta (1945) 

Outro filme que deixou uma marca significativa no Papa Francisco foi Roma, Cidade Aberta (1945), um marco do neorrealismo italiano dirigido por Roberto Rossellini. Ambientado durante a ocupação nazista de Roma, o filme segue um grupo diversificado de personagens, incluindo um padre católico, enquanto eles lidam com as duras realidades da guerra e da ocupação.

O Papa Francisco lembrou-se de assistir a Roma, Cidade Aberta durante sua infância, observando como a representação da resistência diante da opressão, especialmente por figuras religiosas, moldou sua compreensão da fé.

Os temas do filme sobre resistência, coragem e devoção religiosa em tempos de extrema adversidade refletiam o próprio compromisso do papa em defender suas crenças, mesmo nos momentos mais desafiadores.

A Estrada (1954)

Talvez o mais emocionante de todos, no entanto, tenha sido A Estrada (1954), o filme profundamente emocional de Federico Fellini que o Papa Francisco declarou abertamente como seu favorito. A história de Gelsomina, uma jovem vendida para uma vida de dificuldades por sua mãe, tocou profundamente o papa.

Ao falar sobre o filme, o Papa Francisco mencionou como ele ecoava a vida de São Francisco de Assis, que se dedicou a uma vida de humildade e pobreza. Assim como os personagens de A Estrada, São Francisco enfrentou o sofrimento, mas sempre buscou um significado mais profundo e uma conexão em suas lutas.

O filme, que lida com temas de dor, sacrifício e redenção, reflete a crença do papa no poder transformador do sofrimento — um conceito central em seus ensinamentos.

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