O primeiro trimestre de 2025 foi marcado por balanços positivos de bancos, de acordo com análise do Research da XP. Mesmo com impactos negativos na qualidade dos ativos e questões inerentes à implementação da resolução nº 4.966, a corretora considera que a safra foi positiva em linhas gerais.
“As empresas da nossa cobertura se concentraram em melhorar a eficiência, o que teve um impacto favorável em seus resultados. O destaque negativo do trimestre foi o Banco do Brasil [BBAS3], que apresentou resultados mais fracos devido a uma combinação desafiadora de deterioração da carteira de crédito e pressões significativas sobre a margem financeira”, afirma o relatório assinado por Bernardo Guttmann e Matheus Guimarães.
Para os analistas, as carteiras de crédito no geral cresceram perto do limite superior do guidance sugerido, com liderança do Banco do Brasil (BBAS3), que apresentou avanço de 14% na comparação anual.
A perspectiva para 2025, no entanto, se apresenta mais cautelosa, em especial pelos efeitos das taxas de juros mais altas, pressionando renda de pessoas físicas e jurídicas. Com isso, os níveis de provisão já apresentam alta, também como efeito da nova resolução. Como exceção a essa alta, está Itaú (ITUB4).
O banco também apresentou o valor mais alto de retorno sobre o patrimônio, em 22,5%, seguido por Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4), com 17,4% e 14,4% respectivamente.
A XP destacou também que as ofertas de renda variável seguem fracas e que essa deve ser a tendência nos próximos trimestres. A recuperação do mercado de capitais continuaria em suspensão enquanto as taxas de juros se mantivessem nos patamares elevados atualmente vistos.
Sobre empresas de pagamento, como PagBank (PAGS34) e Stone (STNE34), a XP considerou que o momentum foi positivo também. Os dados agradaram em especial em um cenário macroeconômico ainda com volatilidade e em trimestre sazonalmente mais fraco.
” De modo geral, vemos a dinâmica competitiva no setor como saudável, o que deve permitir que o STNE e a PAGS reprecifiquem suas ofertas para compensar o aumento das taxas de juros. Além disso, devido ao crescimento robusto do segmento bancário, vemos ambas as empresas cada vez mais diversificadas em suas fontes de financiamento”
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Fonte: InfoMoney
