O promotor de justiça Thiago Marin, em entrevista à CNN, revelou detalhes sobre o julgamento de Paulo Cupertino, condenado a 98 anos de prisão pelo assassinato do ator Rafael Miguel e seus pais em 2019.
Segundo Marin, Cupertino não apenas negou as acusações, mas também desafiou o Ministério Público a provar sua culpa.
“Eu costumo dizer que essa é a postura do culpado inocente”, afirmou o promotor, explicando que o réu acreditava não haver provas suficientes para condená-lo.
Estratégia de defesa e comportamento do réu
O promotor destacou que Cupertino baseou sua defesa na ausência de filmagens do crime, as quais teriam sido deliberadamente removidas a pedido do próprio acusado.
Além disso, Marin ressaltou que a filha de Cupertino, embora não tenha presenciado o momento exato dos disparos, ouviu e sentiu a aflição das vítimas.
Durante o julgamento, Cupertino trocou de advogados várias vezes, chegando a destituir um deles em pleno tribunal.
Sua defesa final sustentou a tese de que ele não era o autor do crime, mas sem apontar um culpado alternativo ou fornecer uma explicação coerente para os eventos.
Marin também comentou sobre a presença de familiares de ambos os lados no tribunal e a emoção no momento da leitura da sentença.
“Essa sensação da família da vítima de alívio… é o mais gratificante para nós, promotores de justiça”, declarou, visivelmente emocionado.
O promotor concluiu afirmando que a sentença de 98 anos de prisão foi justa e expressou esperança de que Cupertino cumpra integralmente a pena.
Fonte: CNN Brasil