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Prévia do PIB, falas do BC e do Fed, projeções da Fazenda e mais destaques desta 2ª

Prévia do PIB, falas do BC e do Fed, projeções da Fazenda e mais destaques desta 2ª

A agenda econômica desta segunda-feira (19) no Brasil começa com a divulgação do Boletim Focus, às 8h30, trazendo as projeções do mercado para inflação, PIB, câmbio e taxa Selic. Em seguida, às 9h, o Banco Central publica o IBC-Br de março, considerado uma prévia do PIB e acompanhado de perto por analistas para avaliar o ritmo da atividade econômica no primeiro trimestre.

Já Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda divulgará a grade de parâmetros macroeconômicos, com estimativas de indicadores econômicos que incluem o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação. A coletiva estava marcada para começar às 16h, mas foi antecipada para as 14h, no auditório-térreo do Ministério da Fazenda, Bloco P da Esplanada dos Ministérios.

Nos Estados Unidos, o dia é de agenda esvaziada, sem divulgação de indicadores relevantes, o que deve direcionar a atenção dos investidores para comentários de autoridades do banco central dos EUA, como o presidente do Federal Reserve de Atlanta, Raphael Bostic, o presidente do Fed de Nova York, John Williams, e a presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan.

Na sexta-feira (16), a Moody’s retirou dos Estados Unidos sua última nota de crédito máxima, rebaixando a classificação soberana de AAA para AA1, citando o aumento dos déficits e o aumento do ônus do refinanciamento da dívida em meio a taxas de juros elevadas.

O que vai mexer com o mercado nesta segunda

Agenda

Nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva inicia sua agenda às 9h com uma reunião com o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira. Às 10h, recebe o ministro da Casa Civil, Rui Costa, também no Planalto. Em seguida, às 11h, participa da assinatura do decreto que institui a Nova Política de Educação a Distância (EaD), ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana.

À tarde, às 14h40, Lula se reúne com o secretário especial para Assuntos Jurídicos da Casa Civil, Marcos Rogério de Souza. Às 15h, encontra-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Às 16h30, recebe o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, encerrando os compromissos no Palácio do Planalto. Por fim, às 18h, participa de uma reunião com ministros da Agricultura da União Africana, no Palácio do Itamaraty.

Já Fernando Haddad, ministro da Fazenda, participa às 9h do Annual Brazil Macro Conference – 30º aniversário da Goldman Sachs no Brasil.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, participa às 10h como palestrante da 12ª edição da Brazil Macro Conference, promovida pelo banco Goldman Sachs, com transmissão aberta à imprensa. Em seguida, as 11h30 às 12h30, concede audiência a Rogério Monori, diretor executivo do Corporate & Investment Bank do Banco BV, Gustavo Henrique Santos de Sousa, CEO, e Roberto Padovani, economista-chefe.

À tarde, Galípolo se reúne com André Chaves, vice-presidente do Mercado Pago no Brasil, Ignacio Estivariz Barilati, vice-presidente Individuals Brasil, João Paulo Santin Lima, vice-presidente financeiro Brasil, e François-Xavier de Rezende Martins, diretor de Relações Governamentais Brasil, para discutir assuntos institucionais. Na sequência, das 15h às 16h, recebe o economista Ricardo Cyrillo Amorim, da Ricam Consultoria Empresarial, e, das 16h30 às 17h, tem reunião com representantes da Amazon Brasil, também para tratar de pautas institucionais. Todos os compromissos da tarde ocorrem no edifício do Banco Central e são fechados à imprensa.

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton José Schneider David, participa às 14h da LiveBC com o tema “Câmbio flutuante, mercado de câmbio no Brasil e o papel do BC”, com transmissão ao vivo pelo canal do Banco Central no YouTube.

Brasil

8h30 – Focus (semanal)

9h – IBC-Br (março)

INTERNACIONAL

Rebaixamento

A Moody’s rebaixou a classificação soberana dos EUA de AAA para AA1, mencionando uma deterioração estrutural nas contas públicas da maior economia do mundo. Segundo a agência, a relação dívida/PIB dos EUA deve saltar de 98% em 2024 para 134% em 2035. No mesmo período, o déficit anual pode passar de 6,4% para quase 9% do PIB.

Futuro próximo

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou que definirá as tarifas para parceiros comerciais nas próximas duas a três semanas, alegando falta de capacidade para negociar com todos simultaneamente. Secretários do Tesouro e Comércio enviarão cartas com os valores que países deverão pagar para fazer negócios nos EUA.

Boa fé

O presidente Donald Trump imporá as tarifas que ameaçou aplicar no mês passado aos parceiros comerciais que não negociarem de “boa fé” os acordos, disse o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, em entrevistas neste domingo.

Projeto tributário

O projeto tributário de Donald Trump sofreu um revés no Congresso após cinco republicanos considerado “linha-dura” votarem contra a medida, exigindo cortes mais profundos em gastos sociais. A proposta, que prevê estender cortes de impostos e aumentar a dívida pública, divide o partido entre conservadores e moderados. Críticos alertam que os cortes no Medicaid e no Obamacare podem deixar milhões sem cobertura de saúde. Trump reagiu pedindo união no partido. A votação deve ser retomada após negociações no fim de semana. O projeto prevê estímulos para trabalhadores, mas também amplia benefícios para os mais ricos.

Eleições em Portugual

A coligação de centro-direita Aliança Democrática (AD), do primeiro-ministro Luís Montenegro, que caiu em fevereiro, foi a grande vitoriosa das eleições legislativas em Portugal neste domingo (18). A AD registra 32,7% dos votos, enquanto o Partido Socialista (PS) e o Chega, de extrema-direita, empatam na segunda colocação, com cerca de 23% cada.

ECONOMIA

Gripe aviária

As exportações de frango e derivados brasileiros estão suspensas para nove destinos, após a confirmação de um caso de gripe aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul. Estão suspensas temporariamente a exportação de produtos avícolas brasileiros para China, União Europeia, Canadá, África do Sul, Chile, Argentina, Uruguai, México e Coreia do Sul, conforme levantamento do Ministério da Agricultura.

A lista inclui os países que suspenderam as importações de produtos avícolas do Brasil e para os quais o Brasil interrompeu a certificação das exportações como prevê o acordo sanitário estabelecido com cada país.

Leilão

A ANP pretende realizar no segundo semestre um leilão de blocos do pré-sal nas bacias de Campos e Santos. O edital está em análise no TCU e deve ser publicado ainda em maio. Antes disso, em 17 de junho, ocorre o leilão de áreas fora do pré-sal, que despertou grande interesse do setor. Serão ofertados 16 setores em cinco bacias, incluindo a Foz do Amazonas, marcada por potencial exploratório e desafios ambientais. A Petrobras ainda espera licença do Ibama para atuar na região. Ambos os leilões ocorrerão sob o modelo de oferta permanente.

Portabilidade

Trabalhadores com carteira assinada e empréstimos consignados ou pessoais já podem migrar suas dívidas para bancos com juros menores, usando a portabilidade. A medida vale para empréstimos com garantia do FGTS e visa reduzir o custo das dívidas. O novo empréstimo quita automaticamente o anterior. Já foram emprestados R$ 11,3 bilhões desde março, com média de R$ 5.383 por contrato. A taxa média de juros está em 3,02% ao mês. A troca ainda não pode ser feita pelo app da Carteira de Trabalho Digital, mas será possível a partir de 6 de junho.

Inadimplência

Milhões de Microempreendedores Individuais (MEIs) estão inadimplentes com o pagamento do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS) o boleto mensal que vence todo dia 20 e garante acesso a benefícios como aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade. Segundo a Receita Federal, o número chegou a 6,2 milhões de MEIs com débitos em 2024, um aumento de 25% em relação a 2022. Com informações do jornal O Globo.

POLÍTICA

INSS – reunião de Lula

O presidente Lula se reuniu na sexta (16) com ministros e líderes para discutir o apoio do governo à CPMI que investigará fraudes no INSS. A base governista está dividida: parte defende a comissão, outros veem temas mais urgentes no Senado. A avaliação no Planalto é de que não há como barrar a CPMI, e o foco agora é direcionar os trabalhos para responsabilizar gestões anteriores. O senador Rogério Carvalho (PT-SE) declarou apoio à investigação, enquanto Jaques Wagner (PT-BA) demonstrou reservas. O governo busca conter danos e assumir cargos estratégicos na comissão.

INSS – atraso

O governo teme que a CPMI sobre a fraude no INSS atrase o ressarcimento a aposentados e pensionistas. A preocupação é que os trabalhos da comissão prejudiquem o bloqueio de bens dos envolvidos. A CPMI tem prazo de até 180 dias. Apesar das tentativas do Planalto, o requerimento foi protocolado com apoio suficiente. O governo agora tenta controlar a presidência e relatoria. Tabata Amaral (PSB-SP) é cotada para um dos cargos.

INSS – série de vídeos

O PT iniciou uma campanha nas redes sociais para responsabilizar o ex-presidente Jair Bolsonaro pelas fraudes no INSS. A série de vídeos “Verdade sobre o INSS” destaca irregularidades como bloqueios de benefícios e descontos indevidos. A ofensiva ocorre em meio ao embate político após a operação da PF que revelou o esquema. Enquanto governistas atribuem a origem da fraude à gestão anterior, a oposição culpa o governo Lula por omissão. As investigações apontam que os descontos, iniciados em 2016, se intensificaram em 2023 e 2024, com autorizações fraudadas por entidades conveniadas ao INSS.

Emendas

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a realização de uma audiência pública, no dia 27 de junho, sobre as emendas Pix e as emendas de bancada – consideradas o espólio do orçamento secreto. O ministro quer ouvir argumentos “tecnicamente qualificados e especializados” que possam embasar a Corte na análise das ações que questionam tais emendas.

Os processos questionam não só a transparência e rastreabilidade das emendas, mas a própria validade das mesmas.

Sem flexibilização

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para validar uma regra do TSE que pune candidatos que não prestarem contas de campanha. A norma impede a emissão de certidão de quitação eleitoral por quatro anos, o que inviabiliza novas candidaturas. O PT havia questionado a punição, alegando que seria desproporcional. O relator, ministro Alexandre de Moraes, argumentou que flexibilizar o prazo seria um “truque” e incentivaria o caixa dois. Ele destacou que, em 2022, houve 1,2 mil casos de contas não prestadas. Oito ministros acompanharam o voto do relator.

Pedido de impeachment

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) protocolou um pedido de impeachment do ministro do STF Flávio Dino, acusando-o de crime de responsabilidade por suposta atuação político-partidária. A representação foi motivada por declarações de Dino durante uma aula magna em uma universidade do Maranhão, onde ele sugeriu uma “chapa imbatível” para o governo estadual, com o atual vice-governador Felipe Camarão (PT) e Teresa Barros. Para Nikolas, a fala fere a ética da magistratura, ao sugerir nomes e apoiar projetos eleitorais, o que é vedado a ministros do Supremo.

Prisão domiciliar

O advogado de Carla Zambelli (PL-SP), Daniel Bialski, afirmou na sexta-feira (16) que pedirá para a deputada cumprir a pena de 10 anos em casa, alegando problemas de saúde. A parlamentar foi condenada pelo STF por envolvimento na invasão dos sistemas do CNJ, junto ao hacker Walter Delgatti. O relator Alexandre de Moraes propôs, além da prisão em regime fechado, a perda de mandato e inelegibilidade.

(Com Reuters, Estadão e Agência Brasil)

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Fonte: InfoMoney

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