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Presidente do Corinthians é indiciado por crimes ligados a contrato com Vai de Bet

Presidente do Corinthians é indiciado por crimes ligados a contrato com Vai de Bet

A Polícia Civil de São Paulo indiciou o presidente do Corinthians, Augusto Melo, por furto, lavagem de dinheiro e associação criminosa em investigação sobre o contrato de patrocínio com a casa de apostas Vai de Bet.

Outros três envolvidos também foram indiciados: o ex-diretor administrativo do clube, Marcelo Mariano; o ex-superintendente de marketing, Sérgio Moura; e Alex Cassundé, dono da empresa que intermediou o acordo.

Segundo a investigação, parte dos R$ 1,4 milhão pagos pelo clube foi desviada por meio de empresas de fachada e acabou na UJ Football Talent, apontada como braço do PCC no futebol.

O relatório da Polícia aponta que a intermediação do contrato foi simulada para permitir o repasse indevido dos valores. De acordo com os investigadores, Cassundé foi incluído no negócio sem ter prestado serviços reais, com o conhecimento e envolvimento dos dirigentes corintianos.

A Rede Social Media Design, empresa de Cassundé, teria feito transferências que passaram por outras firmas de fachada até chegar à UJ Football, ligada a Danilo Lima de Oliveira, conhecido como “Tripa”, citado em delações como operador do PCC no mundo do futebol.

A investigação teve origem em uma delação premiada do empresário Vinicius Gritzbach, assassinado em novembro de 2024. Ele havia relatado ameaças e tortura por membros da facção e acusou “Tripa” de envolvimento direto com o crime organizado.

A polícia estima que R$ 1,07 milhão, dos R$ 1,4 milhão pagos na intermediação, foram repassados em etapas até a UJ Football.

O delegado responsável pelo caso afirmou que o Corinthians foi vítima de um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro.

Em nota, o Corinthians declarou que “é vítima das circunstâncias investigadas” e que cumpre todas as obrigações legais e contratuais. O clube reforçou seu apoio às investigações e afirmou não ter controle sobre o que terceiros fazem com valores pagos legalmente.

O contrato de patrocínio com a Vai de Bet, que previa repasses de R$ 360 milhões em três anos, foi rescindido após a revelação das suspeitas.

Augusto Melo enfrenta um processo de impeachment, cuja votação está marcada para 26 de maio.

A UJ Football, por sua vez, nega qualquer envolvimento com o crime organizado e afirma que nunca foi formalmente investigada. A empresa diz ter recebido valores referentes a outra operação no mercado esportivo e que está colaborando com as autoridades.

A defesa de Danilo Lima, o “Tripa”, também negou vínculos com a UJ Football e com os fatos sob investigação.

Os demais citados ainda não se manifestaram. O texto será atualizado assim que isso acontecer.

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Fonte: InfoMoney

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