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Pós balanços, Ânima sobe 12% enquanto Cogna perde mais de 5%: o que aconteceu?

Pós balanços, Ânima sobe 12% enquanto Cogna perde mais de 5%: o que aconteceu?

As companhias educacionais Ânima (ANIM3) e Cogna (COGN3) divulgaram seus resultados do primeiro trimestre de 2025 na noite desta quinta-feira (9). Enquanto a Ânima surpreendeu investidores positivamente com melhora da margem e receita crescendo em todas as verticais do negócio, os dados da Cogna foram vistos como positivos, por analistas mas não pelo mercado. Os papéis da Cogna perdem 4,62%, a R$ 2,89, enquanto a Ânima sobe 12,78%, a R$ 3,97, às 15h (horário de Brasília).

No balanço, a Ânima “passou no exame de recuperação depois de um alerta”, na visão do Morgan Stanley. A análise considerou que, mesmo com ambiente adverso, a educacional conseguiu ser bem sucedida em quase todas as linhas.

Mesmo com momento negativo para matrículas por queda de 18% nas entradas do ano passado, a educacional trouxe bons resultados em outras frentes, como retenção, preços, margens e geração de caixa, para o Morgan.

“Em nossa visão, a trajetória para 2025 poderia ter sido pior se a empresa não tivesse tomado medidas para enfrentar os desafios de sua receita. Dito isso, nossa hipótese de que o ganho de margem da Ânima tem sido mais impulsionado por cortes nas linhas de despesa do que pelo crescimento da receita, o que é insustentável, está se provando verdadeira”, afirma.

Para que o boletim venha sempre “azul”, a Ânima precisaria acelerar seu crescimento de forma consistente para sustentar margens e também é necessário que seja refeita recomposição de alguns custos. A prova de que novos esforços seriam necessários é o declínio da margem bruta já presente.

O Itaú BBA afirmou que os dados foram positivos, com destaque para a margem de lucro antes de amortizações, juros, impostos e depreciação (Ebitda, na sigla em inglês). A linha superou a previsão do banco, justificada por maiores eficiências na estrutura corporativa e menores despesas com aluguel.

Já no caso da Cogna, mesmo para o Itaú BBA, que vê o nome como neutro (“market perform”, em inglês), o balanço foi visto positivo pelo crescimento de receita líquida da Kroton e a rentabilidade foi destaque com a superação das estimativas para margem Ebitda também. Cabe ressaltar que, mesmo com a queda da sessão, os papéis da Cogna saltam 175% em 2025 no período, a maior alta do Ibovespa, o que pode indicar os investidores embolsando parte dos lucros após o balanço.

“A Kroton registrou um crescimento de 35% no Ebitda ajustado em relação ao ano anterior, à medida que as despesas gerais e administrativas mostraram uma diluição significativa. Além disso, a maior adoção do Programa Pague Fácil/Matrícula Tardia (PMT) reduziu a necessidade de esforços de marketing, sem um impacto significativo nas despesas com inadimplência até o momento”, destaca a análise.

Para o Bradesco BBI, os dados da Cogna vieram mais forte que o esperado pelo banco, com projeções para o lucro líquido ajustados superadas em 34% e em 68% para o lucro líquido contábil. A compensação da queda da receita em Vasta/Somos e na Saber pela alta da Kroton foi um dos destaques para os analistas do banco, assim como a melhora da margem Ebitda, com alta de 2 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

O nome segue como principal escolha (“top pick”) para o BBI, que considerou o momentum da companhia e a avaliação vantajosa em 10 vezes o preço sobre o lucro para 2025 e 7,2 vezes para 2026.

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Fonte: InfoMoney

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