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Por que não pode misturar álcool com remédios?

Passar por um tratamento medicamentoso nem sempre é uma tarefa fácil. E para amenizar esse período, muitas pessoas decidem sair para relaxar e até consumir alguns drinks. Mas misturar álcool com remédios pode não ser uma boa opção. 

Há muitos motivos para evitar a combinação, até mesmo quando não se está em um tratamento. Ao fazer o uso de analgésico em uma situação pontual para uma dor de cabeça ou dor muscular, é importante ficar atento para não ter que lidar com efeitos adversos.

No caso de uso de antibióticos, por exemplo, entre os riscos existentes está a ação reduzida do medicamento, que pode gerar micróbios mais resistentes causando reincidência da doença mais adiante. Danos e lesões em alguns órgãos, coma e até mesmo risco de morte são outros perigos existentes. 

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Segundo artigo publicado no site do Ministério da Saúde, misturar álcool com remédios sobrecarrega o organismo, uma vez que ele já está trabalhando para lidar com uma situação incomum, como uma infecção, por exemplo.

Por que não pode misturar álcool com remédios?
Imagem: Shutterstock

Quando uma pessoa bebe, quem metaboliza o etanol é o fígado com a ajuda de algumas enzimas, proteínas que atuam como catalisadores biológicos que transformam o álcool em compostos menos tóxicos. 

Então, o fígado – que já está encarregado de metabolizar o medicamento – terá um trabalho extra. Na esteira dos problemas, misturar álcool com remédios ajuda ainda a enfraquecer o sistema imune, que precisa estar forte para combater os invasores. 

Além disso, o ato de misturar álcool com remédios pode não só diminuir ou anular a eficácia de um medicamento, como causar decorrências como a potencialização do efeito do álcool, dor de cabeça e vômitos. E até mesmo causar outras doenças como inflamação no fígado e úlcera gástrica.

pessoa segurando diversas pílulas e copo de agua
(Imagem: Freepik)

Ainda segundo o Ministério da Saúde, veja a seguir as principais combinações e o efeito que elas causam:

  • Álcool e paracetamol: maior risco de hepatite medicamentosa e inflamação no fígado.
  • Álcool e dipirona: neste caso, o efeito do álcool pode ser potencializado.
  • Álcool e ácido acetilsalicílico: aumenta o risco de sangramentos no estômago.
  • Álcool e antibióticos: surgimento de palpitação, vômitos, dor de cabeça, hipotensão, dificuldade respiratória e até a morte.
  • Álcool e anti-inflamatórios: aumenta o risco de úlcera gástrica.
  • Álcool e antidepressivos: além de diminuir a eficácia, pode potencializar o efeito sedativo e ativar as reações adversas já presentes no medicamento.
  • Álcool e calmantes ansiolíticos: aumenta o efeito sedativo, o risco de coma e insuficiência respiratória.
  • Álcool e inibidores de apetite: pode causar tontura, vertigem, fraqueza, síncope e confusão mental.
  • Álcool e insulina: pode gerar hipoglicemia, pois o álcool inibe a disponibilidade de glicose no organismo.
  • Álcool e anticonvulsivantes: aumenta os efeitos colaterais e o risco de intoxicação, e diminui a eficiência contra as crises epilépticas.   

Outro artigo publicado no Instituto Nacional Sobre Abuso de Álcool e Alcoolismo, do governo americano, alerta para os perigos aumentados ao misturar álcool com medicamentos em pessoas com mais idade. 

Homem escolhe remédio em prateleira de farmácia
Imagem: Gorodenkoff / iStock

“Pessoas com mais de 65 anos correm um risco particularmente alto de danos, em parte devido às mudanças relacionadas à idade na forma como o corpo responde ao álcool e aos medicamentos, e em parte porque os idosos costumam tomar vários medicamentos com potencial para interagir com o álcool”, afirma o estudo. 

Vale frisar que é importante ler a bula de qualquer medicamento antes de consumi-lo, pois nela há a indicação de como o álcool pode afetar o desempenho desse fármaco.

E, mesmo que os riscos sejam maiores para quem bebe mais, mesmo em pequenas quantidades o ato de misturar álcool com remédios pode causar efeitos adversos. A melhor opção é esperar estar totalmente curado para se divertir com mais segurança.  

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Fonte: Olhar Digital

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