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Por que Jamie Dimon é tão pessimista sobre a economia, mesmo com recorde do JPMorgan?

17 de julho de 2025 - 06:56CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon
22/09/2022
REUTERS/Evelyn Hockstein

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Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, é conhecido por seu tom sempre cauteloso e até pessimista sobre o cenário econômico dos Estados Unidos, mesmo quando seu banco apresenta resultados financeiros excepcionais.

Nesta sexta-feira (30), por exemplo, Dimon alertou que uma rachadura no mercado de títulos “vai acontecer” após o governo dos EUA e o Federal Reserve terem “exagerado massivamente” nos gastos e no afrouxamento quantitativo (quantitative easing).

“Eu simplesmente não sei se será uma crise em seis meses ou seis anos, e espero que mudemos tanto a trajetória da dívida quanto a capacidade dos formadores de mercado de atuarem,” disse o CEO do JPMorgan.

Leia mais: Jamie Dimon diz que rachadura no mercado de títulos “vai acontecer” nos EUA

Em suas cartas anuais a investidores e declarações públicas ao longo de duas décadas, Dimon tem aumentado a frequência de alertas sobre possíveis crises, recessões e instabilidades globais, enquanto o JPMorgan cresce e supera seus concorrentes.

Desde que assumiu a liderança do banco em 2006, Dimon enfrentou desafios como a bolha imobiliária, a crise financeira de 2008 e suas consequências.

A partir de 2015, suas mensagens passaram a enfatizar riscos futuros, como a volatilidade do mercado e o aumento da dívida pública americana, mesmo em períodos de forte desempenho do banco.

Entre 2015 e 2024, o JPMorgan registrou sete anos consecutivos de lucros recordes, consolidando-se como a maior instituição financeira pública do mundo.

Apesar das previsões sombrias de seu chefe, o banco tem se beneficiado da resiliência da economia americana, com desemprego controlado e consumo robusto, o que tem impulsionado seus resultados.

Dimon alerta para ameaças como conflitos internacionais, crescimento da dívida nacional e políticas comerciais imprevisíveis, mas reconhece que o JPMorgan está bem posicionado para enfrentar esses desafios, investindo pesado em tecnologia e inovação.

Nesta sexta-feira (30), a CNBC foi tentar entender: por que Dimon é tão pessimista sobre a economia mesmo com recordes do JPMorgan?

Especialistas ouvidos pela emissora apontam que o tom cauteloso de Dimon pode ser uma estratégia para manter sua equipe focada e evitar complacência, além de proteger sua reputação diante de possíveis crises.

O histórico do setor financeiro mostra que mesmo grandes instituições podem ruir rapidamente, e Dimon parece consciente dessa fragilidade, reforçando a necessidade de prudência constante.

Com um lucro recorde de US$ 58,5 bilhões em 2024, o JPMorgan segue como referência no mercado financeiro global, enquanto seu CEO continua a preparar investidores e o mercado para possíveis tempestades econômicas, mantendo um discurso que combina realismo e estratégia para garantir a longevidade do banco.

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Fonte: InfoMoney

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