A polícia portuguesa prendeu seis pessoas suspeitas de pertencerem a um grupo de extrema-direita que busca criar uma milícia armada ilegal, e apreendeu armas de fogo e explosivos, informou a polícia nesta terça-feira (17), acrescentando que os detidos podem ser acusados de terrorismo.
As prisões ocorrem após vários incidentes nos últimos meses envolvendo outros grupos de extrema-direita e neonazistas em Portugal, onde o partido anti-imigração Chega se tornou, no mês passado, a segunda maior força parlamentar, levantando preocupações sobre o discurso de ódio.
Acredita-se que as pessoas presas, incluindo um oficial graduado da polícia, de acordo com o jornal Público, pertençam ao pouco conhecido Movimento Armilar Lusitano, cujo nome faz alusão a um dos símbolos nacionais de Portugal, a esfera armilar.
Eles estão sendo acusados de fazer parte de um grupo terrorista, incitação ao ódio e à violência e posse de armas proibidas, informou a polícia em um comunicado.
Entre as armas apreendidas estavam armas de fogo automáticas, algumas feitas com impressoras 3D, armas de ponta e munição.
A polícia disse que o grupo buscava se estabelecer como um movimento político apoiado por uma milícia armada.
A investigação começou depois que as autoridades detectaram atividades on-line que, segundo elas, apresentavam fortes sinais de extremismo nacionalista radical, com apelos à violência contra imigrantes e refugiados.
A União Europeia afirmou que o discurso de ódio está aumentando em Portugal, onde quatro décadas de ditadura fascista terminaram em uma revolução em 1974, e a extrema direita está ganhando apoio depois que o Chega se tornou a principal oposição no Parlamento na eleição do mês passado.
Há uma semana, um grupo de neonazistas atacou vários atores do lado de fora de um teatro de Lisboa durante as comemorações do Dia de Portugal, o que levou o governo, criticado pelos partidos de esquerda pelo que consideram uma falta de ação contra os grupos de extrema-direita, a condenar a violência e prometer uma investigação.
Em abril, grupos de extrema-direita provocaram confrontos no centro de Lisboa, prejudicando as comemorações do 51º aniversário da Revolução dos Cravos, que pôs fim à ditadura no país.
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Fonte: InfoMoney