O governo brasileiro propôs nesta quarta-feira (28) um projeto de lei para permitir a venda de direito de produção de petróleo em áreas não contratadas na Bacia do pré-sal. O governo espera arrecadar R$ 15 bilhões com o leilão de participações nos campos de Mero (3,5%), Tupi (0,6%) e Atapu (0,95%).

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Segundo avaliação da XP, todos os campos em questão estão em produção e são operados pela Petrobras (PETR4), o que indica que o governo estaria, na prática, antecipando receitas futuras provenientes da comercialização desse petróleo.
A XP Investimentos avalia que a Petrobras deve participar do leilão, uma vez que os ativos ofertados representam participações na produção dos principais campos do pré-sal operados pela estatal e proporcionam sinergias logísticas e comerciais relevantes.
Além disso, conforme relatório, esses são direitos de produção nos principais ativos da Petrobras no pré-sal, portanto, estrategicamente alinhados com o plano de negócios da empresa.
De acordo com a XP Investimentos, a produção combinada das participações ofertadas nos campos deve alcançar pouco menos de 30 mil barris por dia (kbpd) até 2026, mantendo-se nesse patamar até o final da década antes de iniciar um declínio gradual.
A XP projeta que essa produção tem potencial para gerar um fluxo de caixa livre após impostos de aproximadamente US$ 300 milhões a US$ 370 milhões por ano, considerando preços do Brent a US$ 60 e US$ 70 por barril, respectivamente. Isso representaria um retorno de caixa sobre o investimento em torno de 15% nos primeiros anos — ou cerca de 0,5% da capitalização de mercado da Petrobras. O compromisso de capital inicial, estimado entre US$ 2,0 bilhões e US$ 2,6 bilhões, corresponderia a 2,7% a 3,5% da capitalização de mercado da companhia.
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Fonte: InfoMoney