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Petrobras: Ibama traz boa notícia, mas petróleo em queda eleva cautela com ações

Petrobras: Ibama traz boa notícia, mas petróleo em queda eleva cautela com ações

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aprovou o plano da Petrobras (PETR4) para resgate da vida selvagem em caso de um derramamento de óleo, aproximando assim a empresa da obtenção de licenciamento ambiental para a tão debatida exploração na Margem Equatorial, próxima à foz do Rio Amazonas.

O Bradesco BBI considera que a aprovação marca um passo significativo em direção à perfuração exploratória na Margem Equatorial do Brasil.

A equipe de análise do banco também destaca que as descobertas nesta região podem abrir uma nova fronteira para a estatal e potencialmente compensar uma esperada queda na produção dos campos de pré-sal ao longo da próxima década, mas mantém ceticismo quanto a impactos imediatos nos preços, já que a produção levaria ao menos cinco anos para começar.

Petrobras: retorno em baixa

Enquanto houve um desdobramento positivo no âmbito micro para a estatal, por outro lado, no macro há desafios, conforme aponta o BTG Pactual.

Em meio à queda nos preços do petróleo, o banco reduziu o preço-alvo das ações da Petrobras de R$ 58 para R$ 44, mantendo recomendação neutra. A revisão reflete uma projeção mais conservadora para o petróleo a US$ 65/barril no longo prazo, custos de extração um pouco acima do estimado anteriormente e um capex mais aderente ao guidance da companhia, o que implica maior alavancagem e menor espaço para distribuição de dividendos.

O BTG estima um dividend yield (dividendo em relação ao preço da ação) de 12% para 2025 e 14% para 2026, mas avalia que o balanço de riscos permanece enviesado para o lado negativo. Segundo o banco, embora a migração para FPSOs próprios tenha potencial para reduzir custos no longo prazo, ela demanda desembolsos iniciais mais elevados de capital — o que ocorre em um cenário de preços de petróleo pressionados, contrastando com o planejamento interno da Petrobras, que considerava cotações mais altas até 2029.

O BTG avalia que, embora a Petrobras possa não ser mais o destaque óbvio de outrora, a empresa ainda se mostra atrativa. Para o banco, a combinação de ativos de base sólidos, competitividade em custos e um dividend yield razoável continua oferecendo valor no contexto do setor de produção na América Latina.

No entanto, o BTG enxerga atualmente maior potencial de valorização em PRIO (PRIO3), destacando que a flexibilidade de capex e o crescimento de volume da petroleira independente proporcionam maior alavancagem ao preço do petróleo — mesmo diante de um cenário macroeconômico mais desafiador.

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Fonte: InfoMoney

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