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Pedágio free flow alinha conveniência com economia, diz CEO do Sem Parar

O sistema free flow, uma inovação no setor de rodovias, começou a ser implementado no Brasil em março de 2023, na região entre São Paulo e Rio de Janeiro, na rodovia Dutra. Esta tecnologia, já consolidada em países como Estados Unidos e em várias partes da Europa, elimina as tradicionais praças de pedágio, substituindo-as por pórticos que realizam a cobrança automática.

Carlos Gazaffi, à frente da empresa Sem Parar há mais de 15 anos, destaca que a inadimplência, uma das principais preocupações com o novo sistema, está em torno de 8%. Este índice é considerado positivo e está alinhado com a experiência do Chile, país que utiliza o free flow há duas décadas.

O sistema traz benefícios significativos para os usuários. Além da conveniência de não precisar parar para pagar pedágio, há vantagens econômicas.

“Existe um desconto de tarifa de 5% para o usuário que acessa a rodovia com frequência. Em alguns casos, pode chegar a 73% de redução do valor da tarifa, para quem trafega vários dias no mesmo mês”, explica Gazaffi.

Justiça tarifária e conveniência

O free flow também introduz o conceito de justiça tarifária. Com a distribuição de pontos de cobrança ao longo da rodovia, os usuários pagam apenas pelo trecho efetivamente utilizado. “É um avanço interessante para o país de forma geral”, afirma Gazaffi.

Para os usuários do Sem Parar, a conveniência é ainda maior. A tag da empresa permite não apenas o pagamento automático nos pórticos de free flow, mas também em estacionamentos, postos de combustíveis e drive-through de restaurantes.

Gazaffi conclui: “Poucos temas no nosso país têm um alinhamento entre setor privado, concessionárias, poder concedente e órgãos reguladores como vemos neste caso. Existe um alinhamento muito importante para que a gente faça esse próximo passo nas rodovias brasileiras”.

Desafios e perspectivas

Apesar do sucesso inicial, o sistema ainda enfrenta desafios. A transição das concessões atuais para o novo modelo requer ajustes contratuais e regulatórios. No entanto, há um alinhamento positivo entre o setor privado, concessionárias e órgãos reguladores para expandir a implementação do free flow.

Gazaffi prevê que nos próximos cinco a dez anos, o sistema estará amplamente difundido nas rodovias brasileiras, especialmente com as novas licitações e concessões. A expectativa é que a malha rodoviária privatizada no país dobre, atingindo cerca de 50 mil quilômetros nos próximos cinco anos.

O avanço do free flow no Brasil representa um passo importante na modernização da infraestrutura rodoviária, alinhando o país com tendências globais de mobilidade e eficiência no transporte.

Este conteúdo foi originalmente publicado em Pedágio free flow alinha conveniência com economia, diz CEO do Sem Parar no site CNN Brasil.

Ir para o conteúdo original: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/pedagio-free-flow-alinha-conveniencia-com-economia-diz-ceo-do-sem-parar/

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