Passar longos períodos sentado ou deitado diariamente pode elevar significativamente o risco de desenvolver Alzheimer, segundo um estudo publicado na revista Alzheimer’s & Dementia.
A pesquisa, liderada pelas neurologistas Angela Jefferson, da Universidade Vanderbilt, e Marissa Gogniat, da Universidade de Pittsburgh, acompanhou mais de 400 adultos com 50 anos ou mais ao longo de sete anos.
Descobertas do estudo
- Os participantes usaram dispositivos que monitoraram sua atividade física semanalmente.
- Ao final do estudo, exames cerebrais e testes cognitivos revelaram que aqueles que passavam mais tempo em comportamento sedentário apresentavam sinais mais acentuados de neurodegeneração e declínio cognitivo — mesmo quando praticavam exercícios regularmente.
- “Exercitar-se uma vez por dia não é suficiente”, alerta Gogniat. “É essencial também reduzir o tempo total sentado.”
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Fator genético também tem influência
A pesquisa também identificou que indivíduos com o alelo APOE-e4 — um fator genético associado ao Alzheimer — estavam ainda mais vulneráveis aos efeitos do sedentarismo.
Esses achados reforçam evidências anteriores de que permanecer sentado por mais de 10 horas por dia está relacionado ao aumento do risco de Alzheimer e outras formas de demência. Especialistas recomendam levantar-se a cada 30 minutos para caminhar e manter o cérebro saudável.
Além do Alzheimer, o comportamento sedentário já era conhecido por estar ligado a doenças cardiovasculares e problemas metabólicos. Para Angela Jefferson, a mensagem é clara: “Fazer pausas ao longo do dia e se mover com frequência é vital para a saúde cerebral.”

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Fonte: Olhar Digital