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Para grandes bancos, uso de IA é obrigatório e não representa mais ganho competitivo

Para grandes bancos, uso de IA é obrigatório e não representa mais ganho competitivo

Grandes bancos precisam fazer um cálculo preciso: não perder a onda da IA generativa ao mesmo tempo em que não podem se deixar levar pela euforia que pressiona executivos pela implementação da tecnologia. Ganhos de produtividade e agilidade no processo se equilibram com custos de implementação e segurança.

“Como o termo está no ‘hype’, há uma corrida para fazer uso. Precisamos usar mais em contexto de experimentação, testar pequeno antes de fazer uma escalada”, disse o diretor-executivo da Caixa, Pedro Pedrosa, em um painel do evento Febraban Tech.

Embora esteja claro, em sua visão, que a IA generativa fará parte da estratégia do negócio, Pedrosa destaca que, no mercado, já se observa um aumento no número de desistências de projetos envolvendo a tecnologia.

Uma razão para isso é o custo relacionado à manutenção dos projetos – o que, em tecnologia, se chama de finops e engloba custos como o processamento em nuvem. “Muitas vezes o projeto vai escalando e percebemos que ele está grande demais para ser abandonado. O que temos feito é começar com cuidado e projetar bem onde ele vai chegar.”

Para a vice-presidente de negócios digitais e tecnologia do Banco do Brasil (BBAS3), Marisa Reghini, “o custo ainda é muito alto”, e executivos se questionam se “é para tudo isso mesmo”. “Acho que o mercado vai avaliar mais isso, pensar um pouco mais sobre”, diz.

A avaliação de executivos, no entanto, é de que a implementação de recursos de inteligência artificial generativa na sua operação já deixou de ser vista como um ganho competitivo na indústria financeira: “o que vemos hoje é que, se não estiver usando para alguns casos específicos, já está para trás”, apontou o CIO e diretor-executivo das áreas de inovação e sistemas do Bradesco (BBDC4), Edilson Reis.

Segundo ele, 80% das instituições já estão usando IA em suas operações e já são observados ganhos de eficiência de 11%. Daí, a expectativa é apenas de aumento.

Turbinada pela IA generativa, a assistente virtual BIA, do Bradesco, levou a resolutividade de interações a 85% ou 90%, mas Reis aponta que os projetos no banco são escalados “de forma pé no chão”. “Percebemos com a BIA coisas que, se tivessem escalado, seriam problemas”, conta.

Um dos riscos na mesa é o de segurança e fraudes, que têm acompanhado a velocidade de evolução da IA generativa no mesmo ritmo. “Falamos de fraude, deepfake, mas hoje há clones digitais utilizados pelo crime que permitem para o fraudador explorar de forma muito mais facilitada”, aponta o CIO do Santander Brasil (SANB11), Richard Flavio da Silva.

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Fonte: InfoMoney

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