Em pronunciamento neste domingo (22), o papa Leão XIV pediu o fim da escalada militar no Oriente Médio, após os Estados Unidos confirmarem ataques a três instalações nucleares no Irã. Durante oração conduzida na Praça de São Pedro, no Vaticano, o pontífice classificou os últimos acontecimentos como “notícias alarmantes” e afirmou que o momento exige responsabilidade e razão, não violência e retórica belicista.
“Hoje, mais do que nunca, a humanidade clama e implora por paz. É um grito que exige responsabilidade e razão, e não deve ser sufocado pelo clangor das armas e pelas palavras retóricas que incitam o conflito”, afirmou o bispo de Roma diante de milhares de fiéis.

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Apelo por ação internacional
A declaração de Leão XIV ocorre um dia após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar o que chamou de “ataque muito bem-sucedido” contra as usinas de Fordow, Natanz e Isfahan, marcos do programa nuclear iraniano. A ofensiva, coordenada com Israel, elevou a tensão na região e gerou reações de líderes globais.
O papa afirmou que cada país tem uma responsabilidade moral para evitar que a guerra se torne “um abismo irreparável”, e disse que não existem conflitos distantes quando a dignidade humana está em jogo. “A tragédia pode ser evitada, mas é necessário compromisso real e coragem política”, completou.
Crescem os apelos por diplomacia
A manifestação do Vaticano soma-se ao coro de líderes internacionais, como o secretário-geral da ONU, António Guterres, que já havia pedido contenção e retorno à diplomacia diante do risco de internacionalização do conflito.
A Santa Sé tem adotado, historicamente, uma postura ativa em momentos de crise geopolítica, promovendo o diálogo e criticando ações militares unilaterais.
Com a ameaça do Irã de fechar o Estreito de Ormuz e a possibilidade de novos ataques por parte dos EUA, líderes religiosos e civis tentam impedir um colapso regional com impactos globais — especialmente no fornecimento de energia, na estabilidade econômica e na segurança internacional.
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Fonte: InfoMoney