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Ouro é raro. A produção mundial caberia em duas piscinas olímpicas, diz CEO da Aura

Ouro é raro. A produção mundial caberia em duas piscinas olímpicas, diz CEO da Aura

Em meio à disparada do preço do ouro no mercado internacional, a Aura Minerals (AURA33) vive um momento estratégico de crescimento no Brasil e no exterior. Em conversa com Rafael Furlanetti, sócio e diretor institucional da XP, o CEO da mineradora, Rodrigo Barbosa, falou sobre os planos de expansão, o papel do ouro em tempos de instabilidade e curiosidades do setor.

“O ouro subiu mais de 100% recentemente. É natural que todo mundo queira saber para onde vai esse preço”, observou Furlanetti, que participou da abertura de capital da mineradora em 2020, durante a pandemia, em uma operação considerada pioneira no mercado brasileiro.

Rodrigo Barbosa comanda a Aura há oito anos e relembra que a empresa passou por um grande processo de reestruturação. “Quando entrei, a companhia tinha potencial, mas precisava de um plano de crescimento mais firme. Fizemos um turnaround, e os primeiros resultados nos levaram ao IPO”, contou. A listagem dupla, na B3 e na bolsa de Toronto, colocou a Aura como a primeira mineradora de ouro a abrir capital no Brasil.

Três minas de ouro no país

A empresa opera atualmente três minas de ouro no país — no Mato Grosso, Tocantins e no Rio Grande do Norte — e uma de cobre-ouro no México. No ano passado, a Aura extraiu cerca de 270 mil onças de ouro, o equivalente a 7 mil quilos. “O ouro é pesado, mas ocupa pouco espaço. Toda a produção mundial de ouro, desde o Egito antigo, caberia em duas piscinas olímpicas”, destacou Barbosa.

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A valorização do metal, que ultrapassou a marca de US$ 3.300 por onça, tem dado fôlego ao setor. “É raro, difícil de achar e, em tempos de crise, continua sendo uma reserva de valor. Em uma guerra comercial, o ouro volta a ser referência”, afirmou o executivo.

Sobre as operações, Barbosa explicou que o processo de mineração de ouro exige sofisticação tecnológica, ainda que muitas descobertas continuem acontecendo de forma tradicional. “Cerca de 80% a 90% das minas de ouro foram descobertas por garimpeiros ou por portugueses e espanhóis. Ainda hoje, é comum que alguém encontre um veio de ouro seguindo o curso de um rio”, disse.

Investimentos para novas jazidas 

O investimento necessário para colocar uma nova jazida em operação é elevado. “Para uma mina já descoberta, mas ainda sem operação estruturada, o cheque pode chegar a US$ 300 milhões”, afirmou. Um exemplo é o projeto Borborema, no Rio Grande do Norte, que recebeu cerca de R$ 1 bilhão em aportes da empresa.

Além do ouro, a Aura também acompanha a valorização do cobre, impulsionada pela transição energética e pela inteligência artificial. “Com o crescimento dos data centers e dos veículos elétricos, a demanda por energia e, consequentemente, por cobre vai aumentar muito”, avaliou Barbosa.

Questionado sobre os próximos passos, o CEO confirmou que a companhia continua mirando aquisições. “Nosso plano é seguir crescendo com disciplina, seja aumentando produção, explorando áreas próximas às nossas minas ou comprando ativos subutilizados”, concluiu.

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