O boom de investimentos em inteligência artificial no Oriente Médio atrai atenção global, mas traz riscos relevantes para empresas e investidores, como explica o Wall Street Journal.
Países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar estão injetando bilhões de dólares em projetos de data centers, parcerias com Microsoft e OpenAI, além da compra massiva de chips da Nvidia e AMD.
A meta: fomentar ecossistemas locais de IA, com foco em modelos desenvolvidos em árabe e na diversificação econômica.

Contratos lucrativos chegam da região
- As ações da Nvidia dispararam após acordos com Emirados e Arábia Saudita, compensando parcialmente a perda do mercado chinês devido a restrições dos EUA.
- A AMD também se beneficiou com contratos bilionários. No entanto, analistas questionam a sustentabilidade de longo prazo desses investimentos.
- A região já viu projetos ambiciosos fracassarem, como a cidade futurista Neom, afetada por atrasos e estouros de orçamento.
Além disso, a demanda futura por serviços de IA locais é incerta, e controles de exportação dos EUA podem ser reforçados caso haja suspeita de que a China explore laços estratégicos com países do Golfo para driblar sanções.

Leia mais:
- Por que IA superinteligente está longe de virar realidade, segundo a Apple
- IA mais humana? É o seu consumo que está ensinando isso às máquinas
- Regulação da IA já existe, mas não é democrática, diz especialista
Tensões geopolíticas
O risco geopolítico também pesa: tensões crescentes entre Israel e Irã ameaçam a estabilidade da região, podendo afetar a presença de empresas americanas.
O Oriente Médio pode estar oferecendo uma fonte temporária de receita para gigantes da tecnologia, mas sua volatilidade política e econômica levanta dúvidas sobre a viabilidade desses investimentos como motor de crescimento duradouro.
O post Oriente Médio aposta bilhões em IA, mas riscos geopolíticos preocupam apareceu primeiro em Olhar Digital.
Fonte: Olhar Digital