A operação “Fake Monster”, um trabalho de inteligência que evitou um ataque a bomba durante o show da cantora Lady Gaga, em Copacabana, foi conduzida em sigilo absoluto pela Polícia Civil do Rio de Janeiro.
De acordo com a cúpula da segurança pública, nem mesmo a equipe da artista foi informada sobre o risco. A estratégia, segundo as autoridades, foi adotada para evitar pânico e a disseminação de informações falsas nas redes sociais.
“Havia informações de inteligência de que haveria alguns ataques durante o evento. A Polícia Civil, em parceria com o Ministério da Justiça, atuou de forma silenciosa, sem alarde, sem qualquer tipo de pânico à população, e neutralizou as ameaças”, afirmou Felipe Curi, secretário de Polícia Civil.
As investigações começaram dez dias antes do show, após o serviço de inteligência da Polícia Civil identificar mensagens trocadas por usuários de uma plataforma na internet com conteúdo que representava risco à segurança dos fãs, incluindo ameaças de explosões.
No sábado (3), uma operação conjunta com o Ministério da Justiça cumpriu 15 mandados de busca e apreensão contra nove alvos, entre adultos e adolescentes. O grupo investigado promovia “desafios” e conteúdos violentos em quatro estados: Rio de Janeiro, Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul.
“O mérito da operação ‘Fake Monster’ foi manter o sigilo. Envolvia quatro estados, e você poderia gerar um pânico desnecessário e talvez até, por um ato unilateral da produção ou da própria artista, provocar o cancelamento do show. Seria danoso para a imagem do Rio. Essa integração é o que entrega o resultado positivo que temos visto em grandes eventos”, avaliou Victor dos Santos, secretário de Segurança Pública.
Apesar das ameaças, as autoridades destacaram que o evento, que reuniu 2,1 milhões de pessoas, transcorreu sem ocorrências graves. Foram registradas 240 ocorrências nas delegacias da região, sendo 95% relacionadas a furtos de celulares.
Este conteúdo foi originalmente publicado em Operação que frustrou ataque no show de Lady Gaga foi mantida em sigilo no site CNN Brasil.
Fonte: CNN Brasil