Em diferentes épocas do ano, especialmente nos meses mais frios ou logo após o Carnaval, e durante períodos de transição climática, é comum observar um aumento expressivo nos casos de doenças respiratórias.
As chamadas viroses sazonais afetam milhares de pessoas todos os anos e variam de quadros leves, como resfriados, até infecções pulmonares graves, como pneumonias e bronquites severas.
Os responsáveis por esses surtos são diversos patógenos, entre eles vírus como o Influenza, o rinovírus, o vírus sincicial respiratório e o coronavírus, além de bactérias como o Streptococcus pneumoniae e até fungos em casos mais específicos.

Apesar de muitos desses agentes já serem bem conhecidos da medicina, novos surtos e mudanças no comportamento epidemiológico dessas doenças podem trazer antigos problemas à tona com uma nova roupagem.
Foi exatamente isso que aconteceu durante a pandemia de COVID-19, quando o mundo inteiro voltou sua atenção para os perigos das doenças respiratórias agudas. E foi durante a pandemia que um termo até então pouco discutido fora dos ambientes hospitalares passou a fazer parte do vocabulário coletivo: a Síndrome Respiratória Aguda Grave.
Apesar de já estar descrita na literatura científica, a SRAG era geralmente vista como uma complicação rara e pouco divulgada, associada a surtos localizados ou a casos muito específicos de agravamento de infecções virais.
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Com o avanço da pandemia, no entanto, ficou evidente que se trata de uma condição com altíssimo potencial de gravidade, capaz de evoluir em poucas horas, comprometendo severamente os pulmões e exigindo internação imediata.
A experiência recente reforçou a importância de reconhecer os sinais precoces dessa síndrome e de entender como ela atua no organismo, além de lembrar que, mesmo com o fim do estado de emergência global, os riscos continuam existindo.
O que é Síndrome Respiratória Aguda Grave?
A Síndrome Respiratória Aguda Grave, também conhecida pela sigla SRAG, é uma condição clínica caracterizada pela inflamação severa dos pulmões e dificuldade aguda para respirar, geralmente causada por infecção respiratória.

Trata-se de um quadro grave que pode ser provocado por diversos agentes infecciosos, incluindo vírus como o da gripe (Influenza), o SARS-CoV-2, causador da COVID-19, e o vírus sincicial respiratório. Em alguns casos, bactérias como pneumococos ou mesmo fungos também podem desencadear esse tipo de resposta inflamatória nos pulmões.
O termo não designa uma única doença, mas sim uma manifestação clínica com potencial de levar à insuficiência respiratória, internação em UTI e, nos casos mais críticos, à morte.
A SRAG se diferencia de outras infecções respiratórias mais leves pela velocidade de progressão dos sintomas e pelo comprometimento intenso da troca gasosa nos alvéolos pulmonares, que pode evoluir para um quadro de hipoxemia, em que o nível de oxigênio no sangue se torna perigosamente baixo.
Quais os sintomas da Síndrome Respiratória Aguda Grave?
Os sintomas iniciais da SRAG geralmente se assemelham aos de uma gripe comum, com febre alta, dores no corpo, tosse seca e mal-estar generalizado.
No entanto, o sinal de alerta mais característico é a dificuldade progressiva para respirar. A pessoa começa a apresentar falta de ar ao fazer pequenos esforços, respiração rápida e, em casos mais avançados, pode apresentar coloração azulada nos lábios ou extremidades do corpo, indicando oxigenação insuficiente. Outros sintomas incluem dor no peito, chiado, confusão mental e cansaço extremo.

Em crianças pequenas e idosos, os sintomas podem surgir de forma mais sutil, mas não menos perigosa. É altamente recomendado procurar atendimento médico assim que a dificuldade para respirar surgir, especialmente se os sintomas evoluírem rapidamente em menos de 48 horas.
Embora a ida ao hospital envolva riscos secundários, como exposição a outros patógenos, o não tratamento imediato de uma síndrome respiratória aguda grave pode ser fatal. Por isso, nesses casos, a ida ao hospital é essencial e urgente.
Como se proteger de SRAG
A prevenção da Síndrome Respiratória Aguda Grave depende principalmente de medidas que evitem infecções respiratórias. Isso inclui lavar as mãos com frequência, cobrir o nariz e a boca ao espirrar, manter ambientes ventilados e evitar contato com pessoas doentes.

A vacinação contra a gripe é uma das formas mais eficazes de reduzir os casos de SRAG causados pelo vírus Influenza, um dos principais agentes associados à síndrome. Grupos de risco, como idosos, crianças pequenas, gestantes e pessoas com doenças crônicas, devem manter o calendário vacinal em dia.
Além da vacina da gripe, a imunização contra o coronavírus e o pneumococo também pode reduzir significativamente o risco de desenvolver a forma grave da doença. Em períodos de surto respiratório ou em locais com alta circulação viral, o uso de máscaras ainda é recomendado como barreira mecânica.
Embora nenhuma medida isolada garanta proteção total, a combinação de cuidados individuais com ações de saúde pública é o caminho mais eficaz para reduzir a incidência de síndromes respiratórias graves na população.
Com informações de NCBI.
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