No meio da semana, o capelão do time de basquete da Universidade Villanova comemorou quando um de seus ex-jogadores craques liderou o New York Knicks na vitória de virada nos playoffs da National Basketball Association (NBA), a principal competição de basquete dos EUA.
No dia seguinte, o padre Robert Hagan estava celebrando outro graduado de Villanova que ele conhece: o papa Leão 14.
“Estamos apenas torcendo por mais um dos nossos companheiros de equipe, sabia?”, disse Hagan nesta sexta-feira (9), enquanto os alunos se prepararam para o semestre.
Leão 14 era conhecido como Robert Prevost quando era estudante de matemática na universidade católica na década de 1970, caminhando pelos gramados verdejantes e estudando e rezando em seus edifícios góticos de pedra cinza.
Hagan, ex-diretor atlético associado sênior da universidade, também é prior provincial, líder dos frades agostinianos em Villanova. Leão 14, que já liderou os agostinianos do mundo como prior geral, é o primeiro papa daquela ordem.
Hagan disse que o papa, que ele conhece há 27 anos, tem o espírito de Santo Agostinho de Hipona, um bispo norte-africano dos séculos 4 e 5.
“E o que quero dizer com isso é que veritas, unitas, caritas seriam os valores fundamentais”, disse ele, referindo-se ao lema latino da universidade agostiniana, que se traduz como “verdade, unidade e amor”.
A inteligência, a compaixão, a capacidade de falar em diferentes línguas e de mergulhar em diferentes culturas o ajudariam em sua missão, acrescentou Hagan. “Ele tem uma certa capacidade de se relacionar e se conectar com as pessoas que eu acho que o mundo vai realmente apreciar”, disse.
Alunos e professores estão saboreando o momento.
Colegas de classe em uma festa de vigília, no Salão de Santa Rita, um prédio no coração do campus que leva o nome de uma freira agostiniana do século 15, observaram a fumaça branca subindo da Capela Sistina. Outros alunos estavam fazendo uma prova final de engenharia quando seu professor anunciou a notícia na quinta-feira. A missa noturna na icônica Igreja de São Tomás de Vilanova, no campus, tornou-se uma celebração.
Patty Rutter, 63, foi à biblioteca da pousada Inn at Villanova, perto do campus, na quinta-feira, depois de ouvir a notícia. Ele encontrou a edição de 1977 do anuário e folheou até encontrar um retrato de Prevost com aparência séria.
“Não há halo algum”, brincou Rutter, que trabalha na pousada e é aluno de Villanova.
O anuário foi logo retirado da biblioteca e guardado em um cofre, disse Kay Shockley, recepcionista, nesta sexta-feira. De repente, tornou-se mais valioso.
Aleko Zeppos, 21 anos, o recém-eleito presidente do corpo estudantil, disse que foi uma semana incrível para os moradores de Villanova.
“Agora, nosso ex-aluno mais notável não é um jogador da NBA”, disse.
A universidade católica, com 183 anos de existência, conta com 10.000 alunos de graduação, pós-graduação e direito. Sua reputação acadêmica é sólida, mas é mais reconhecida fora do subúrbio da Filadélfia pelo basquete.
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Fonte: InfoMoney