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No Rio, turistas prolongam estadia e mudam percepção sobre segurança, aponta pesquisa

Três meses depois de um carnaval que movimentou R$ 8,8 bilhões na economia fluminense, o Rio de Janeiro volta a receber uma avalanche de turistas — desta vez, devido ao show de Lady Gaga. A nova onda confirma o fôlego do setor, que, segundo pesquisa do Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), já dava sinais de recuperação com o forte desempenho da folia. A sondagem revelou uma melhora significativa na percepção de segurança.

Antes da viagem, 32,3% dos brasileiros e 23,3% dos estrangeiros achavam o Rio pouco ou nada seguro. Após a estadia, 65,9% dos brasileiros e 70,6% dos estrangeiros disseram estar satisfeitos ou muito satisfeitos. Apenas 14,1% e 7%, respectivamente, mantiveram avaliação negativa.

A média de permanência dos visitantes no carnaval foi de nove dias — sendo 11 entre estrangeiros e sete entre brasileiros. Os hotéis ainda lideram como principal escolha de hospedagem (45,4%), mas o aluguel por plataformas digitais vem ganhando espaço, alcançando 34,9%. O custo-benefício foi apontado como o principal atrativo dessas plataformas por 53% dos entrevistados.

— O esforço para atrair mais turistas e fazer que a sua estadia se converta em experiências memoráveis precisa ser compartilhado com todos das esferas pública e privada. É um somatório — afirmou Otavio Leite, consultor da Presidência da Fecomércio RJ e doutor em Turismo.

A pesquisa foi realizada com 1.037 turistas entre 28 de fevereiro e 4 de março. Os brasileiros representaram 49,6% dos visitantes, com destaque para São Paulo (29,4%), Minas Gerais (16,3%) e Distrito Federal (10,1%). Os estrangeiros somaram 50,4%, especialmente da Argentina (28,7%), Estados Unidos (9,0%), Reino Unido (8,0%), Alemanha (7,8%) e França (7,6%).

— O Rio de Janeiro é a face mais visível do Brasil no exterior por razões turísticas e culturais. 16% dos que vieram foram influenciados por redes sociais e por amigos — disse Leite.

O impacto direto com hospedagem, alimentação, transporte e lazer chegou a R$ 3,4 bilhões — um crescimento real de 36% em relação a 2024. Com os efeitos indiretos e induzidos, a movimentação total somou R$ 8,8 bilhões, alta de 39,7%.

— Acompanhar a evolução dos indicadores turísticos relativos ao sentimento dos visitantes que vieram ao Rio de Janeiro é uma providência estratégica para a adoção de políticas que fortaleçam o destino. Esse é o propósito da Fecomércio RJ — afirmou o presidente da entidade, Antonio Florencio de Queiroz Junior.

Segundo o diretor-executivo do IFec RJ, João Gomes, — os números confirmam a tendência positiva que deve se intensificar ao longo de 2025 e início de 2026 —. Ele destaca que quase 20% dos empregos formais criados no estado no último ano vieram do turismo, o que representa cerca de 30% das vagas no setor de serviços.

Apesar do protagonismo da capital, apenas 6,1% dos turistas receberam indicação para visitar outras cidades do estado. Ainda assim, 28,4% manifestaram essa intenção, com Arraial do Cabo (41,2%) e Búzios (36,7%) entre os destinos mais citados.

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