O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta segunda-feira (5) que a nova ofensiva militar em Gaza será “intensa” e que a população palestina será retirada gradualmente do território “para sua própria proteção”. A afirmação, feita em um vídeo publicado nas redes sociais, acompanha a aprovação formal de um plano para a ocupação total da Faixa de Gaza por tempo indeterminado.
A estratégia, de acordo com o governo israelense, incluirá bombardeios mais intensos, ampliação das operações terrestres e controle permanente da região, atualmente sob domínio parcial de Israel. O objetivo seria aumentar a pressão sobre o Hamas para alcançar um acordo de cessar-fogo mais favorável, incluindo a devolução dos reféns que permanecem sob o poder do grupo extremista.

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Entretanto, o plano foi duramente criticado por familiares dos sequestrados israelenses, que temem pela segurança dos reféns em meio à intensificação dos ataques. O próprio chefe das Forças Armadas de Israel alertou que a escalada da ofensiva pode colocar vidas em risco. A convocação de dezenas de milhares de reservistas, realizada no fim de semana, aumentou os temores de que o país esteja se preparando para uma nova fase prolongada da guerra.
A nova etapa da ofensiva também provocou uma reação dos Houthis, grupo rebelde alinhado ao Irã e ao Hamas. No domingo (4), um míssil lançado do Iêmen atingiu as proximidades do aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv. Foi o primeiro projétil, desde março, que não foi interceptado pela defesa antimísseis israelense. Em resposta, os Houthis declararam um “bloqueio aéreo” contra Israel, prometendo novos ataques a aeroportos.
O colapso do cessar-fogo de oito semanas, rompido em março, mergulhou Gaza em uma grave crise humanitária. A interrupção da ajuda internacional e a destruição de infraestrutura essencial têm provocado fome, saques e caos entre os 2,3 milhões de palestinos que vivem na região. A nova escalada agrava ainda mais o impasse diplomático e intensifica a pressão internacional por uma solução negociada.
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Fonte: InfoMoney