O marketing de luxo morreu e no seu lugar nasceu algo muito mais poderoso. A Era da Aura chegou, silenciosa, profunda e inevitável. Durante décadas, ostentar era simples: bastava uma logomarca gigante no peito, um carro importado na garagem e um relógio reluzente no pulso. Quanto mais explícita a demonstração de riqueza, maior o status. O marketing de luxo vendia comparação: quem tinha mais, valia mais. Mas o tempo passou e esgotamento emocional, a pandemia global, o colapso da saúde mental e a ascensão do consumo consciente mudaram para sempre o mapa dos desejos humanos.
A nova ostentação: silenciosa e invisível
Hoje, a verdadeira ostentação é silenciosa e o novo símbolo de status é invisível. Estamos vivendo o auge do movimento quiet luxury, onde o luxo não precisa mais gritar com logos e etiquetas. Ele se revela no conforto, na liberdade, na qualidade que se sente, mas não se exibe.
Bem-estar como o ativo mais cobiçado
O marketing do wellness explodiu porque o bem-estar se tornou o ativo mais cobiçado da nova elite emocional e o consumidor de 2025 não quer mais comprar para ser melhor do que o outro. Ele quer comprar para participar de algo maior do que ele.
O consumo personalíssimo
O consumo deixou de ser comparativo para se tornar personalíssimo. Hoje, não é sobre mostrar o que se tem, é sobre refletir quem você é. Marcas que ainda tentam vender status vazio estão falando para um público que simplesmente não existe mais.
Pertencimento e propósito no marketing
O novo consumidor não quer ostentar. Ele quer vibrar, pertencer a um movimento, uma causa, uma energia maior e isso muda tudo no marketing. Não basta mais vender produtos caros, é preciso vender uma história que emociona, vender um propósito que inspira, vender uma experiência que transforma.
A transformação do desejo de consumo
Se antes eu comprava para ser visto, hoje eu compro para me sentir inteiro. Se antes eu queria superar o outro, hoje eu quero superar a mim mesmo.
O fim da ostentação ruidosa
O quiet luxury venceu a ostentação ruidosa e consumo consciente venceu o consumo vazio. Isso não significa que o luxo vai acabar. Significa que o verdadeiro luxo precisa de um “porquê” mais forte.
Marcas que não entenderem essa transição continuarão vendendo produtos para um mercado em extinção e marcas que internalizarem essa nova consciência construirão verdadeiros legados.
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