Marte (Foto: Wikimedia Commons)
A NASA revelou uma descoberta inédita sobre o processo que transformou Marte em um planeta árido e inabitável. Em artigo publicado nesta semana na revista Science Advances, a agência espacial norte-americana apontou que a pulverização da atmosfera do planeta foi a principal responsável pela perda de sua água há bilhões de anos.
Segundo os cientistas, esse fenômeno ocorreu no início da história marciana, quando o planeta perdeu seu campo magnético e passou a ser diretamente exposto a ventos e tempestades solares. Sem proteção, sua atmosfera começou a se desgastar, impedindo a estabilidade da água líquida na superfície. “A água começou a escapar em larga escala para o espaço”, afirmou a NASA.
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A analogia feita pelo pesquisador Shannon Curry, principal autor do estudo, ajuda a entender a dimensão do processo: “É como fazer um salto de bola de canhão em uma piscina. Os íons pesados que se chocam com a atmosfera espalham átomos e moléculas neutras”.
Observação inédita
A missão Maven, que há dez anos monitora Marte em parceria com a Universidade do Colorado, conseguiu observar diretamente esse fenômeno pela primeira vez.
Anteriormente, os cientistas haviam apenas deduzido sua existência a partir da proporção de isótopos de argônio na atmosfera marciana, que indicavam a perda seletiva por pulverização.
Para captar a pulverização em tempo real, a equipe da Maven realizou medições simultâneas em diferentes regiões e altitudes do planeta, tanto no lado diurno quanto noturno, mapeando com precisão os pontos onde o vento solar atinge a atmosfera e dispersa átomos de argônio.
“É como se antes víssemos apenas as cinzas de uma fogueira. Agora, finalmente observamos o fogo”, disse Curry.
Impacto maior que o previsto
A observação direta também revelou que o fenômeno ocorre em uma taxa quatro vezes maior do que se previa. Em períodos de tempestades solares, a intensidade do processo aumenta significativamente, o que reforça a ideia de que Marte perdeu grande parte de sua atmosfera e, com ela, a capacidade de reter água.
A descoberta ajuda a preencher lacunas sobre a transição do planeta de um ambiente com presença de água e microrganismos para um mundo seco e inóspito. Também contribui para o entendimento de como campos magnéticos e atmosferas planetárias interagem com o clima espacial, um dado crucial para o estudo de exoplanetas e da habitabilidade fora da Terra.
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Fonte: InfoMoney