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Não existe nada igual ao Sistema Solar no Universo – será?

Cerca de 4.550 sistemas estelares, contendo juntos mais de seis mil planetas confirmados, já foram detectados pela NASA. No entanto, nenhum deles se parece realmente com o Sistema Solar. 

Segundo o princípio copernicano (cujo nome é uma referência ao astrônomo e matemático polonês Nicolau Copérnico), a Terra e a humanidade não ocupam nenhuma posição privilegiada no Universo. No entanto, até agora, os cientistas não encontraram outro conjunto planetário com a mesma configuração do nosso.

Não existe nada igual ao Sistema Solar no Universo – será?
O Sistema Solar seria algo único em todo o Universo? Crédito: Buradaki – Shutterstock

Como é o Sistema Solar

O Sistema Solar parece ter uma organização única. No centro, há um Sol amarelo (que, na verdade, é uma estrela branca), seguido por quatro planetas rochosos (Mercúro, Vênus, terra e Marte), um cinturão de asteroides, dois gigantes gasosos (Júpiter e Saturno), dois gigantes de gelo (Urano e Netuno) e, além deles, um extenso cinturão de objetos gelados, com vários planetas anões e cometas (Cinturão de Kuiper). Mais distante ainda, existe uma nuvem de objetos gelados de onde vêm os cometas de longo período (Nuvem de Oort).

16 de junho de 2025 - 18:20
O Cinturão de Kuiper fica na chamada “borda” do Sistema Solar. Créditos: Siberian Art – Shutterstock / Editado por Olhar Digital

Apesar do grande número de exoplanetas já identificados, o total de estrelas estudadas ainda é pequeno quando comparado às cerca de 100 bilhões existentes na Via Láctea. Por isso, muitos cientistas acreditam que a ausência de sistemas parecidos com o nosso é uma questão de amostragem. Ou seja, ainda observamos uma fração mínima da galáxia.

Ao olhar para os exoplanetas já descobertos, fica claro que há uma variedade enorme de mundos diferentes. Existem planetas cobertos de lava, outros com oceanos globais, além de superterras e sub-Netunos, que não têm equivalentes no Sistema Solar. Alguns têm densidade muito baixa, como algodão doce, enquanto outros estão sendo lentamente destruídos por suas estrelas.

Entre as maiores surpresas estão os chamados “Júpiteres quentes”, gigantes gasosos que orbitam muito perto de suas estrelas. Os cientistas acreditam que esses planetas se formaram longe e migraram para mais perto, expulsando ou destruindo outros planetas menores ao longo do caminho.

16 de junho de 2025 - 18:20
Representação artística de exoplanetas no espaço – quase seis mil mundos alienígenas já foram confirmados, habitando 4.550 sistemas conhecidos. Crédito: Goddard Space Flight Center / NASA

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Métodos de observação atuais dificultam detecção

No nosso Sistema Solar, esse tipo de migração extrema não ocorreu. Há hipóteses de que Júpiter tenha se deslocado no passado, mas de forma menos drástica. Esse movimento pode até ter contribuído para a estabilidade que permite a existência de vida na Terra.

Conforme destaca o site IFLScience, a principal dificuldade em encontrar sistemas solares parecidos com o nosso está nas limitações dos métodos de observação atuais. Técnicas como o trânsito e a oscilação gravitacional funcionam melhor com planetas grandes e próximos de suas estrelas, o que dificulta detectar mundos mais distantes como Júpiter e Saturno.

Se uma civilização alienígena usasse equipamentos semelhantes aos nossos, também precisaria de décadas para confirmar a existência dos gigantes gasosos ao redor do Sol. Mas, com a melhoria dos telescópios e das técnicas de análise, a descoberta de um sistema semelhante ao nosso pode estar mais próxima do que se imagina.

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Fonte: Olhar Digital

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