O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira, 5, que ao final do terceiro mandato do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o mundo estará convencido de que o Brasil pode crescer com uma taxa mínima de 3% ao ano.
“Tenho certeza que ao final do mandato do presidente Lula o mundo vai estar convencido de que o Brasil pode crescer a uma taxa mínima de 3%”, disse Haddad em palestra na 28ª Conferência Global Instituto Milken, em Palo Alto, no Vale do Silício, na Califórnia.
O chefe da Fazenda argumentou que essa compreensão se dará pelo conjunto de projetos e medidas que o Brasil apresenta nos últimos anos.
“Porque o conjunto de projetos que o país já tem disponíveis, se continuarmos com o plano que foi apresentado ao país, nós temos condições de chegar ao final do mandato num outro patamar de discussão com os nossos parceiros”, afirmou.
Haddad disse ainda que o país já “convenceu” o Fundo Monetário Internacional (FMI) que o potencial do Brasil é de pelo menos 2%, e não 1,5%.
“O Brasil continuará recebendo investimentos e crescerá de forma sustentável, com uma taxa de 3% ao ano, que funciona como um piso. Será um crescimento mais sólido e mais justo do ponto de vista social”, disse.
Haddad defende aproximação com EUA e fala sobre data centers
Haddad disse que o Brasil tem interesse em se aproximar mais dos Estados Unidos durante o governo Donald Trump. O ministro disse que o paós tem uma diplomacia muito “tradicional e multilateral”.
“Temos interesse de nos aproximarmos mais dos Estados Unidos. Fizemos isso na administração Biden e faremos isso na administração Trump. Há complementariedades importantes que podem e devem ser exploradas”, disse.
O ministro se reuniu com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, para tratar das relações econômicas entre os dois países. Haddad disse que houve uma sinalização positiva do governo americano para iniciar um diálogo sobre as tarifas aplicadas ao Brasil e a outros países da América do Sul.
O chefe da Fazenda afirmou que sua viagem aos EUA está relacionada ao pré-lançamento da política nacional de data centers e ressaltou o objetivo de tornar a economia digital do Brasil tanto digital quanto sustentável.
Fonte: Exame